=A DOR DE UM ABORTO=
Juventude interrompida, amores juvenis.
Sonhos de menina, sentimentos de mulher.
Errado amar e se doar quando tudo parecia
possível.
Um homem e uma mulher diante das consequencias
dos atos impensados.
Crianças diante das surpresas e consequencias.
Era para ser um amor de fábulas.
Aonde a princesa seria feliz e o príncipe um valente.
Quanta covardia diante de um inocente que não teve
direito de se pronunciar.
Deixado ao léu, num saco qualquer, numa esquina
das muitas existentes.
Fruto do amor ou seria da ilusão de dois jovens
que se perderam nos ímpetos dos desejos.
A quanto esperei ser recebido num lar acolhedor.
Quantas vezes anjos me disseram que mamãe
não fraquejaria.
Ela não foi corajosa, se acovardou diante da
certeza que a mim carregava em seu ventre.
Acatou as ideás irracionais do meu pai, cedeu
as pressões mundanas.
Não tinha tempo para dividir seu mundo com
outro álguem.
Gritei, implorei, mamãe me deixe viver....
Ela não me ouvia movida por ilusões me
negou a vida.
Naquela fria manhã fui arrancado de suas
entranhas.
Como me doeu sentir meu fragilzinho corpo
ser estilhaçado por aqueles instrumentos
cortantes e vorazes.
Se denominavam médicos, mas eram monstros
interrompendo uma vida, ceifando sonhos.
Para depois me abandonarem numa lixeira
fedica a perecer a dor da rejeição e abandono.
Há, mãezinha não chore mais, um dia ainda nos
reencontraremos e não mais terá o remorso
a atormenta-la.
Maezinha querida você pode ter desistido de
mim, mas eu não............
(camomillahassan)

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 08/03/2009
Reeditado em 08/03/2009
Código do texto: T1475258
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