MINHA É A VITÓRIA

MINHA É A VITÓRIA

Te olhei embevecivamente entre o fogo cruzado

Eras o meu satélite natural luzindo no azul celeste.

Da trincheira te ouvi declamando que o nosso amor tinha mérito.

Rastejando entre canhões chamei pela tua viva luz,

Necessitava ser envolvido por teu carinho.

Só queria ouvir uma palavra amena.

Nos pântanos, perseguindo o inimigo, ouvi teu sussuro

me revelando segredos.

Na calada da floresta, camuflado, caia a chuva miúda

que deslizava em forma de lágrimas irrigando fértil solo,

realidade por vir.

A conquista estava perto, valentes se curvavam diante

da minha força, da coragem que impunha, da minha

determinação.

Foi quando me apareceu o arco-íris exibindo as cores

do aspéctro solar, querendo consolidar eterna aliança.

Guerreava, e ao mesmo tempo comtemplava a natureza

labutando a meu favor.

Carinhosamente te beijei no vazio, a companhia do

silêncio, numa fria madrugada de insônia.

Te entreguei totalmente o meu coração.

Por ti somente vim a batalha, na espera do teu sinal.

Exatamente no momento mais difícil da batalha

você me abandonou,

Entre tiros e granadas na linha de frente.

Mesmo assim, com a ajuda de Deus derrotei os inimigos

Que eram muitos.

Hoje, retorno ao meu descanso e te ofereço a minha boina,

Cobertura do guerreiro, empregnada com bom pefume.

Abraçada a ela, chorarás pela eternidade e jamais serás

digna da minha glória que hoje se inicia.

Porque minha, somente minha é a vitória.

Daniel de Menezes Costa