O° sol
Eu dei pra você o resto de esperança que me restava no amor, mas hoje olho ao meu redor e vejo que voltei para o mesmo lugar. Naquele tempo eu ainda acreditava em contos de fadas.
A dor dói no mesmo lado, mas hoje amarga na mesma boca que já provou do mel. Por alguns instantes eu andei nas nuvens, mas o problema é que quem vai ao céu não quer mais voltar para a terra por ter que pisar no chão.
Eu me entreguei de mais, eu confiei num sentimento que acredito hoje não ser para todos. Mas então eu olho para o céu e vejo que o mesmo sol que me aquece e faz o meu caminho para sua direção é o que te ilumina e torna clara as suas manhãs.
Eu tento entender o motivo das coisas serem como são a dor aperta mais aqui no peito e é quando eu percebo o quanto eu gostaria que fossem diferentes e o quanto eu gostaria de poder dividir com você, ou se não for para ser com você, com alguém que seja, o peso que carrego nas costas. Então eu penso que tudo isso tem uma explicação, tem de ter. Eu recupero a fé, enxugo as lágrimas e tento erguer a cabeça que é para ninguém perceber e por fim eu mergulho de novo para onde eu nunca deveria ter saído, com medo apenas das conseqüências do que mais isso pode trazer. E eu vou continuar seguindo enquanto houver um sol que ilumine o meu caminho.Eu não sei para onde ele vai me levar, talvez um dia me leve para junto da sua sombra, talvez não.
Quem sabe eu não tenha perdido muito em vista de tudo o que eu já perdi na vida.