Perdedor

Eu não quero fielmente contrair o parto desta dor, desta angústia, transitória e medonha angústia. Sinto em dizer que voltei à estaca, que tu dizes ser, zero. Um Eu sem sentimento, sem algum coração para qualquer amar. Sinto em te dizer que hoje, sou diferente, sou mais bonito e elegante, sou mais amado e devoto às piraúnas da vida em dedicação a felicidade (o que é felicidade contigo?) – com certeza àquelas vezes em que me delatei apaixonado por ti, congestionei toda minha atenção para ti. Não, sinceramente, tive algum coração, porque o mais perto de que tive te dei de voto de confiança naquela vez em que te pedi pela primeira vez em namoro, porque estava apaixonado, porque estava feliz, na verdade, porque tu me fazias feliz, porque tu me mantinhas apaixonado por todos esses dias. Confesso, te amei, e isto é um fato não contrariante, mas, repito, mas. É isto que nos atrapalha, os nossos “mas”. Por que, interrogação, me pergunto, por que eu não fui o bastante para ti? Assombra-me e me perturba, onde eu não fui seu amante? Onde que eu, eu mesmo, não te fui o amante caricio? Amei-te sob pedras, cascudos hípicos espinhos, te amei sempre. E isto não te foi o suficiente? Isto foi o que atrapalhou o nosso sexo? Realmente não entendo tua forma de me amar. Entendo, mas sinto que não quero. Sou uma criança, sim, sei disto, mas e tu? Quem tu és? Tu és apenas uma birra em meio a um silencio de gostos, desejos e vontades atendidas. Tu sabes, eu sei, és mimado. Nada que julgues que é correto é certo. Sabes disto. Sabes que tudo torna em tuas vontades. Minhas e de outras características desbravadas e controladas. Acostumaste com a vitória. Digo-te, desta vez é a vez de perder. Perdeste a mim, perdeste alguém, ou algo para ti, que jamais terás. Garanto que, enquanto viveres, alem de Deus, não terás outro amor mais forte que o meu. Porque eu, meu agora amigo, te amei com todas as minhas forças, te amei com todos os meus diastemas, com todas as minhas vontades e com todos os meus calares. Amei-te sobre tudo, que a mim mesmo. Que o meu fantasma conte hoje para tua alma num doce de um sussurrar que eu, declaro, sou desistente. Mais que tudo isto, sou amante teu para sempre. Não minto. Prometi e cumpro, tu és a última pessoa que amarei na minha vida. E serás o último. Não sou eu, é meu coração que manda.

Toda a minha celebração é tua.

Toda minha descrição é tua.

Toda minha paixão de direito é tua.

Te amo.

Não tem como o contrário. Porque tu és o homem da minha vida. Tu és a bondade que existe em mim.

Além de todos os caminhos que tomo, os caminhos que tomei e tomarei me levarão a ti. Porque tu és a certeza da felicidade da minha vida.

Meu caro, tu perdeste.

Paulo Roberto, assino e confesso, sou teu, somente teu.

PR Lima
Enviado por PR Lima em 17/02/2009
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T1444836
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