O AMOR REAL

     Talvez eu tenha idealizado demais o amor. O amor que eu esperei durante tanto tempo talvez não seja esse. Talvez eu queira um outro amor. Talvez eu tenha criado muitas expectativas em relação a esse amor.
     Queria um amor romântico, intenso, daqueles que se fica eternamente em lua de mel, daqueles que a gente vê nas novelas, nos livros, nos contos e nos poemas de amor.
     O amor real não é assim. O amor real tem que conviver com crises, têm que ser aparadas as arestas, temos que nos policiar nos ciúmes, temos que competir com amor de mãe, de filhos. Temos ainda que entender o lado profissional do nosso amado, principalmente quando ele inicia um trabalho novo e se entrega a ele de corpo e alma, esquecendo da gente.
     Pois é. Duro é dizer para a nossa mente condicionada que a realidade é assim. Que o amor do dia a dia é assim e que, romantismos à parte, esse é o amor que se nos apresenta.