POR QUE TENHO DÚVIDAS?

Por que tenho dúvidas? Conheço e aceito como verdadeiro meu amor e minha paixão. Seriam os vários conflitos que nos cercam? Uma mal disfarçada desconfiança no amanhã, as recorrentes insinuações do passado, nas fofocas bem produzidas nos telefonemas de origem conhecida e outras nem tanto? As diferenças não trabalhadas, que ora produzem risos, ora, horas de angústia e medo. De que adianta uma vida inteira de experiência se o amor nos coloca iguais na insegurança? Não existe “receita médica” preconcebida para os males existentes nos corações das pessoas, nos desvios de caráter, na inveja, na não aceitação, no mau humor, na soberba, enfim, numa grande e extensa gama de “pequenos grandes” defeitos. Perdão por repassar meu lamento, minhas sinceras desculpas pelo excesso de franqueza, mas não posso continuar acordado noites adentro, reformulando pensamentos ainda inconsistentes. As vezes parece que o amor tem hora para nascer, pelo menos deveria. Uma hora onde tudo estivesse preparado, as condições perfeitas para uma união estável e duradoura, sem maiores medos ou inseguranças. Um amor forjado verdadeiramente na certeza maior de longevidade, de eternos carinhos, de felicidade extrema. Entretanto isso não acontece, por isso estou aqui me revelando, minha alma que chora uma dor desconhecida, um futuro escondido por nuvens que teimam na inércia, onde o sol parece ter desistido da vida. Queira Deus ouvir minhas súplicas, iluminar meus caminhos porque no momento, eu sigo como cego, recolhendo ajuda do desconhecido e tropeçando aqui e ali na minha ignorância, apesar do amor que carrego comigo. Me desculpe se ontem foram flores e hoje as feridas dos espinhos, mas procure enxergar comigo toda a fragilidade que teima em nos ladear.