Na esparança

Na esperança de um menino vou andando

quando olho para frente fico triste

vejo as nuvens carregadas no horizonte

e a certeza que o ontem ainda existe

Em busca de mim mesmo eu ainda ando

faço parte desse traço de esperança

tudo fica tão pequeno bem distante

quando olho para traz e ninguém me alcança

Deixei tudo, até o espelho que quebrei

os meus pés estão descalços me libertei

em minha volta tudo é grande tudo é lindo

mas dentro de mim ainda existe o que deixei

No horizonte aquelas nuvens ainda existem

faço parte de um caminho que busquei

os meus pés estão libertos, porém tristes

quando olho para frente eu já não sei

Não consigo me esconder dos meus reflexos

minha mente esta cansada, eu não nego

o céu que era azul agora é cinza

os meus olhos estão fechando, mas não me entrego

E andando para frente eu vejo o mar

vejo as nuvens carregadas aproximando

o vento forte me balança, me segura

mas com toda as minhas forças vou cortando

Até que escuto uma voz que a tempos já vem falando:

olhe e veja o que deixou, o que ficou

neste momento eu parei sentei e olhei

e ao abrir os olhos eu vi tudo que deixei

Vi um sol que a muito tempo não brilhava

vi um céu que era azul e me encantava

neste momento os meus pés me agradeceram

percebi que muito andei

porém nada, nada de mais encontrei

Na distancia de um homem que é menino

vejo as nuvens desaguando céu abaixo

na certeza que o ontem ainda existe

eu me volto e vou seguindo, então me acho

Na esperança de um menino vou voltando

e olhando para trás vou me alegrando

vejo o céu e o sol lindo a brilhar

e a certeza que no ontem eu vou voltar

Cinho