RETRATAÇÃO PÚBLICA AO METAL

Caro amigo,

Perdoe- me por tanto ofender- te. Na minha imperfeição, julguei- me sábio o suficiente para dar- te a definição de vil. Esquecia- me no entanto, caro amigo, de que sou eu o portador do discernimento. Cabe a mim, somente a mim, decidir o que fazer contigo.

És tu, na realidade, um valioso tesouro na mão daqueles que te usam com equilíbrio e bom senso. Perdão caríssimo!

Tu não és portador de inteligência. Podes ser, entretanto, na mão dos humanos, que possuem uma mente capaz de tomar decisões, poderoso instrumento na transformação do mundo!

Ah! meu amigo... Se todos te usassem com o mínimo de altruísmo, o mundo mudaria. Não haveria a miséria, que ainda assola o mundo, porque tu serias melhor distribuído. Ninguém mais morreria por ti, porque sabendo divitir- te, respeitaríamo- nos mutuamente, pois cada um de nós, deteria uma parte de ti, pelo sagrado suor do rosto, sem roubar- te.

Não sei se minhas palavras fizeram- se suficientes para retratar- me diante de ti, mas tenhas certeza: És para mim, sagrado instrumento de auxílio, para meu aperfeiçoamento moral. Procurarei sempre, usar- te com sabedoria, dividindo- te, para que não te esvaias por entre meus dedos.

A ti, as humildes desculpas, deste falho escritor.

P.S: Certamente, amigo, vovó em sua sabedoria, usava- te plenamente bem, por isso, era possuidora dos verdadeiros valores da vida.

Nota: Para melhor compreender essa carta, leia o artigo "A Educação Moderna e os Valores Morais", publicado neste RL no dia 24/12/08

Marcello Santos
Enviado por Marcello Santos em 28/12/2008
Reeditado em 23/02/2009
Código do texto: T1356424
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