Uma Triste Carta de Amor

11 de agosto, de 2001

Todas as noites eu olho para a janela do teu quarto na esperança de te ver. Mais a luz do teu quarto nunca mais se acendeu. Ás vezes, de tarde, ando sem rumo naquela mesma rua, em busca de te encontrar. Como da primeira vez. Mas você não vem. Não sei explicar, mas mesmo assim, algo me prende a você. Porque a cada vez que te procuro e não te acho, cada vez mais eu quero te procurar. E até mesmo lendo, você é meu único pensamento. Não entendo o porquê. Eu sei da realidade e não quero acordar, nem pôr meus pés no chão, sou um coração apaixonado, por isso me entreguei por inteiro. E você nem sabe disso. É dona dos meus pensamentos e nem imagina o significado do meu olhar. Não deve entender, porquê alguém ficaria feliz com apenas um sorriso seu. Talvez por isso, naquela tarde, com simples palavras, me destruiu por inteiro. Talvez sem saber ou apenas por maldade. Meu olhar continuou o mesmo, mas de encontro ao nada. E mesmo depois de tudo ainda penso e te procuro com a mesma intensidade de antes. Na janela do teu quarto e as tardes no seu caminho. Só não entendo porquê te procuro, se não sei se vou te achar. Mais só sei que tudo que aconteceu não foi coincidência, foi apenas inevitável.