Carta para um EU distante.
Novembro, 29 de 2008.
Querido Bruno,
pode ser que um dia, alguém olhe para mim e diga.
-Olha aquele garoto, soube que ele é um guerreiro, mas o mundo foi muito injusto com ele.
Pode ser que a vida vire - se de costas para mim, que os obstaculos me derrubem, que eu dê de cara nas barreiras da vida.
Pode ser que eu perca meus amigos por comodismo, por falta de atenção, por desleixo deles mesmos.
Pode ser que eu chore todas as noites ao lembrar da decepções que vivi, pode ser que seja pobre, que seja rico.
Pode ser que eu nem viva tanto tempo assim, a ponto de perceber que nada é pra sempre aos nossos olhos, um dia perderemos a visão ou perderemos o que vemos. Para sempre são as lembranças, as recordações, elas sim são impossíveis de serem apagadas, impossíveis de não serem vistas por nós, mesmo que cegos.
Pode ser que tudo seja uma grande mentira, e o mundo seja o melhor lugar pra se morar, pode ser tudo, tudo pode ser.
Certezas nesse mundo são coisas muito aleatórias, muito perspicazes, é como andar num labirinto vendado.
Pode ser que eu lhe perca, pode ser que você faça eu me perder de você, pode ser que acima de tudo esteja o amor, esteja a fantasia. Eu quero que acima de tudo esteja o nosso amor, a nossa felicidade, a nossa vida. O amor que sentimos um pelo outro, seja ele de amigo, de irmão, de namorados, de pais.
Levante a bandeira de aprovação, acredite e todas as formas de amor, e seja à favor delas.
Pode ser que eu não viva tempo bastante pra saber o que é amar, mas essas experiencias são grande fonte de inspiração para tudo o que faço.
E tudo o que faço é amar, e lutar pelo amor, pela liberdade, pela vida.
As barreiras, os obstaculos, as tristezas que me perdoem, mas eu passarei por cima de cada uma delas, como um trator.
Sejamos felizes enquanto há tempo, agora mesmo o seu tempo está passando. Corra para os braços de quem te ama, e sorria. Diga que és feliz com o que tem, que o mundo se abrirá pra você.
Um enorme abraço, de quem te conhece melhor do que alguém jamais conhecerá,
Bruno Moraes...só mais um na multidão