Carta para o Dono do Sentimento Maior
Só queria saber uma coisa. Pequena coisa. Não minta, não ria, não se assuste, não saia contando para ninguém: Você me ama? Eu te amo. Nunca amei tanto alguém como te amo. É sério. É avassalador, louco, lindo, bonito, maravilhoso, glorioso, amai saber disso. Uma dádiva.
Como é lindo ver seu sorriso, sua dor, sua barba, seu cabelo desgrenhado, sua boca, sua paciência, felicidade em seus olhos, suas vontades incontroláveis, seus vícios, seu amar.
Faço um filme com direito a replay, comercias de gilete e bastidores sobre você.
Minhas contas tardão a ser pagas, mando beijos pela janela, te chamo de meu e só meu.
Dez da noite em meu bloco, sua cabeça em meu colo, seus olhos dentro de mim.
Seus beijos, seu corpo quente nu junto ao meu, suas doces palavras recheando meus olhos de emoção douradora.
Deitada, veem milhões de coisas em minha cabeça, meu homem, ele, seu eu, seu ego. Uma lástima de perguntas que vêem depois de ver tamanha grandiosidade em minha frente. É felicidade instantânea. Estava querendo me matar, agora quero viver eternamente; queria dormir pra sempre, agora verei o pôr-do-sol com ele.
Primeira vez que boto os olhos em seu eu, já pensei em três casamentos juntos, comercias de shampoo juntos e uma noite fantasiada juntos. Juntos eternamente ou não, juntos pelados ou não, juntos a chorar e cantar, cantar e ver a dança das suas amantes mortas.
Agora...
O que me resta a pensar da sua tão calorosa presença? amo.
O que farei? amo.
Você me ama? eu te amo e choro!
Você me ama? eu te amo, vida minha.
Você me ama? eu te amo e sorrio!