Desabafo de uma alma leve.
O que importa pensar no que tu possas deduzir das minhas palavras? Eu já escrevi de modo despretensioso e completamente enfático. Não precisei colocar nomes, ditar momentos para que pudesses ter a certeza do que se tratava. Era sensitivo e lógico.
O tempo passou, e a empatia que antes ainda existia se esvaiu com as tuas atitudes, foram embora sem deixar lacunas, carência ou coisa do tipo. Hoje sou forte, e devo isso a você, a sua gentileza de mostrar por atitudes tão mesquinhas que eu não valia nada, nem mesmo a amizade que sempre foi mais. Infelizmente, mais você do que eu. Meu modo descomedido de doar demais, e a sua falta de costume , e de tantas pessoas que não entendem sobre isto. Amor humano. Disperso, perdido nos dias de hoje. Por isto, a estranheza.
Olha mesmo o que alguns fardos da vida trazem, modelam, recompõe, hoje sou força e sei rir fartamente das maneiras que quis mostrar o quanto especial tu eras. E por mais que a gente queira receber, de ti não recebi muita coisa. Nada além do que boas recordações de momentos que seriam saudosos, mas que hoje me soam com a tua falta de sensibilidade, consideração, em destratar a minha presença, e tudo que me esforcei para te vê feliz.
Tanto tempo para se concretizar e só alguns dias para sentir que meu coração, por qualquer carinho que seja, nunca mereceu ser teu.
Aprenda que desprender-se do orgulho, as vezes é saber reconhecer o valor das pessoas que estão ao seu lado, independente do que elas tenham sido no passado para você, mas, principalmente, quando elas demonstram respeito, carinho e consideração. Amizade. E isso eu tinha de sobra.
Boa sorte de alma leve pra você.