Para você... com todo o meu amor.
Nomes esquisitos
Identidades perversas
Múltiplos sorrisos
Imagens únicas
Sento no quintal deste reformatório
E imagino quantas meninas imaculadas
Miraram estas mesmas paredes
E olharam por estas janelas que me assombram.
Ora, eu...
uma alma tão maculada
Capaz de odiar um animalzinho tão dócil.
Sim, porque te odeio.
Odeio quando rís da minha fúria, diariamente, fora deste templo.
Odeio quando mentes que guardo segredos teus.
Odeio observar tua saga dramática
Pelos corredores deste harém.
Odeio-te com boa parte das minhas forças
A outra parte eu guardo
Para odiar a mim mesma
Por ter sido tão tola.
Me causa repulsa este ato imundo que prometi não protagonizar
Mas parece que o roteiro já estava escrito.
Como eu queria que fosse o teu par de olhos castanhos...
...E não aqueles.