Ao amigo leal de sempre
Essas palavras que saem de mim, agora são como lágrimas que escorrem, diluem todo o sofrimento que sua ausência irá me causar.
Mas, se sua presença era certa em minha vida material, agora será eterna em meu espírito.
Pois onde quer que eu vá, trarei a lembrança, o afeto, a lealdade e seu olhar dentro de mim...
Meu precioso amigo, não estás mais aqui fisicamente entre nós...
Não está mais táctil, perceptivo... animado e brincalhão como sempre o foi.
O engraçado é perceber que o que te matou, foi exatamente excesso de vida.
Viveste aproximadamente vinte anos, presenciaste tanta coisa,
E adicionaste a meu calvário terreno momentos de beleza, afeto e amizade.
Como posso retribuístes? Como posso dizer que agora, preciso esquecer da dor de perder-te e, prosseguir?
Como apenas rezar por sua alma, se tudo que queria por puro egoísmo era que permanecesse em minha companhia?
Não posso ser egoísta, não devo dar-lhe aquilo que não seria digno de ti.
De qualquer maneira, você meu cão querido, era o mais inteligente de todos, o mais
obediente.
Nunca precisou de coleira, nunca precisou de uma ordem, era o coração que lhe guiava e foi exatamente o coração que lhe levou de mim.
Com o coração me despeço, esse que ainda está batendo e, que um dia, quando parar, ainda assim, não terá te esquecido.
Abraços de sua amiga e mãe
Gisele Leite
26 de novembro de 2008.
Morte de Black