UMA CARTA - VIII
Tenho vontade de falar com você sobre as coisas que eu penso. Dos sonhos que eu tenho, das fantasias, das ansiedades, dos medos, das alegrias. A vontade de correr na chuva, de tomar banho de rio, de comer manga verde som sal e ouvir The Sound Of Silence deitada numa rede.
São apenas vontades e você sabe disso. Isso tudo porque eu ainda não me acostumei com a sua ausência nos meus dias. Ainda guardo os meus tesouros [suas palavras escritas] debaixo do meu travesseiro e ainda beijo aquele rosto de papel que sorri, mas, não para mim.
Eu queria entender o mecanismo da vida. Saber como e quando se dá o “amadurecimento”. Quando exatamente nos tornamos imunes às dores e passamos a viver a felicidade de estarmos vivos.
Ainda tenho sonhos. Ainda tenho sonhos... Sonhos que não querem adormecer. Não querem ficar guardados numa velha e empoeirada caixa sendo comidos pelas traças. Eu também não os quero assim!
Quero meus sonhos vivos. Quero as notas musicais, quero as claves de sol/bemol/sustenido. Sol maior em minha vida. Quero a vida dos meus sonhos.
Mas cada dia que passa cada minuto que salta do relógio me deixa mais longe e mais longe... E você?!... Você apenas me sorri ou ri?! Sorrir para mim ou rir das coisas que falo ou faço?! Não sei... Esqueceu-me no meio das minhas letras, das minhas frases mal formuladas, no meio das brincadeiras que faço para te fazer sorrir [para mim?].
Não... Seu sorriso é apenas um riso que se espalha nos fios da rede enquanto leio as placas de “perigo” e não consigo frear. Diminuir a velocidade seria morrer muito lentamente. Me solto de mim. Entro nas palavras e no sentido de cada uma delas. A verdade e a mentira, o bem e o mal, a luz e a sombra...
E encontro o som do silêncio violado pelo matraquear das teclas/letras que me saltam dos dedos... Apenas deixar os dedos soltos neste “sapateado” sobre o teclado enquanto os meus olhos me levam para dentro do monitor.
Se houvesse uma estrada que me mostrasse a direção a seguir... Se houvesse tempo para ser trocado ou comprado nas casas de cambio poderia existir um lugar chamado felicidade. Mas a invalidade das palavras faz com que o tempo seja vário. Faz com que você seja um momento que não pode ser passado a limpo.
O meu momento e o seu foram de uma grandiosidade tamanha, onde o Universo se reconciliou e eu pensei que pudesse ser feliz dentro da sua coragem de viver o amor.
Pensamentos são descargas elétricas, sinapses de dendritos da cadeia neuronal... Apenas isso. Nada mais.
WWW.LUCIAHLOPEZ.PROSAEVERSO.NET
Tenho vontade de falar com você sobre as coisas que eu penso. Dos sonhos que eu tenho, das fantasias, das ansiedades, dos medos, das alegrias. A vontade de correr na chuva, de tomar banho de rio, de comer manga verde som sal e ouvir The Sound Of Silence deitada numa rede.
São apenas vontades e você sabe disso. Isso tudo porque eu ainda não me acostumei com a sua ausência nos meus dias. Ainda guardo os meus tesouros [suas palavras escritas] debaixo do meu travesseiro e ainda beijo aquele rosto de papel que sorri, mas, não para mim.
Eu queria entender o mecanismo da vida. Saber como e quando se dá o “amadurecimento”. Quando exatamente nos tornamos imunes às dores e passamos a viver a felicidade de estarmos vivos.
Ainda tenho sonhos. Ainda tenho sonhos... Sonhos que não querem adormecer. Não querem ficar guardados numa velha e empoeirada caixa sendo comidos pelas traças. Eu também não os quero assim!
Quero meus sonhos vivos. Quero as notas musicais, quero as claves de sol/bemol/sustenido. Sol maior em minha vida. Quero a vida dos meus sonhos.
Mas cada dia que passa cada minuto que salta do relógio me deixa mais longe e mais longe... E você?!... Você apenas me sorri ou ri?! Sorrir para mim ou rir das coisas que falo ou faço?! Não sei... Esqueceu-me no meio das minhas letras, das minhas frases mal formuladas, no meio das brincadeiras que faço para te fazer sorrir [para mim?].
Não... Seu sorriso é apenas um riso que se espalha nos fios da rede enquanto leio as placas de “perigo” e não consigo frear. Diminuir a velocidade seria morrer muito lentamente. Me solto de mim. Entro nas palavras e no sentido de cada uma delas. A verdade e a mentira, o bem e o mal, a luz e a sombra...
E encontro o som do silêncio violado pelo matraquear das teclas/letras que me saltam dos dedos... Apenas deixar os dedos soltos neste “sapateado” sobre o teclado enquanto os meus olhos me levam para dentro do monitor.
Se houvesse uma estrada que me mostrasse a direção a seguir... Se houvesse tempo para ser trocado ou comprado nas casas de cambio poderia existir um lugar chamado felicidade. Mas a invalidade das palavras faz com que o tempo seja vário. Faz com que você seja um momento que não pode ser passado a limpo.
O meu momento e o seu foram de uma grandiosidade tamanha, onde o Universo se reconciliou e eu pensei que pudesse ser feliz dentro da sua coragem de viver o amor.
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