RECUSA...

Quero dizer, pois deves saber tudo o que se passa comigo, nós dois

ainda estamos ligados pelo cordão umbilical do amor que à nós dois

nascera.

Olha, hoje amanheceu chovendo, e, ao ver a chuva caindo e escorrendo pela vidraça da janela do quarto que poderia continuar a

ser nosso, meu e seu, não fôsse a recusa minha, oportuna, de, enfim,

dar fim ao nosso romance, devido ao dissabôr do impasse ocorrido dias antes de lhe convidar para, junto de mim, viver sua vida indefinida, no

tocante à amar alguém e feliz, fazê-lo.

O impasse ao qual me refiro é que, seu ex affair, seu amor primeiro, à

você retornou, e, eu me vi, assim, pôsto de lado, sobra que se joga

no lixeiro do descaso, mas, mesmo eu, lhe dando ultimato, vi lágrimas

rolarem dos seus olhos, tais, quais, os pingos dessa chuva densa que

hoje cai e escorre pela vidraça da janela.

Ante ao imprevisto cujo de seu amor primeiro ter voltado, eu continuo

a dormir só, mas, com o direito de em nossos momentos de êxtase

pensar, sempre em que a saudade vilã apertar-me o peito, e tê-la que

suportá-la, pois, reprises de nossos delírios não se terá, nem eu nem você, mas, pensar um no outro poderemos, e seu dito cujo primeiro amor disso não saberá, pois se pode pensar em segredo, por enquanto,

isso, a ninguém se proíbe.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 15/11/2008
Código do texto: T1284513
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