ANTES QUE MEUS OLHOS SE CERREM...
Tu, que por quase uma vida pensei conhecer... E a quem amei mais que a mim, mesma; tu, que fostes o sonho mais lindo que julguei realizado e que, tão depressa, e tão brutalmente, dele me despertastes... Quero que saibas que hoje já não sofro, mais, por ti. Sei que nunca lerás estas linhas, assim como sei que se lesses, não acreditarias, no que elas dizem, tanto e tão dependente fui, sempre, dos meus sentimentos e do que sentias, por mim, só faltando parar de respirar, quando sentia que te distanciavas... Da dor que me causastes, não preciso dizer, pois tens consciência de que, por causa dela, minha própria vida foi transformada num caos, enquanto pensavas apenas em ti e no teu prazer mundano, leviano e fútil, não se importando com o que me acontecia interiormente, até que as consequências vieram à tona e nem assim, mudastes... Ainda era apenas tu.
Não viverei para sempre, e quero que saibas, também, que, mesmo depois de tudo, mesmo depois de ter descoberto que nunca fostes o homem que eu amei, que és para mim apenas um completo desconhecido em quem projetei a imagem do homem dos meus sonhos, e passei anos pagando um alto preço, por essa ilusão, quando meus olhos se cerrarem e eu exalar meu último suspiro, ainda assim não estarei levando comigo qualquer mágoa ou ressentimento, por ti... Não que eu tenha te perdoado, porque nada havia a perdoar, além de que, não sou perfeita para me dar o direito de julgar as atitudes de quem quer que seja, e pela consciência de que, com certeza, a dor que me causastes, foi apenas uma forma de me dar a chance de resgatar algum mal muito grande que, em algum lugar do passado, numa outra vida, quem sabe, eu te causei e não te pedi perdão... Ou pedi, e não me perdoastes... Por isso, agora, antes que meus olhos se cerrem e eu parta para uma outra dimensão, eu te peço perdão se não fui o que esperavas que eu fosse, não por minha vontade, mas porque não tinha que ser... Desde sempre fomos tão diferentes... Eu sempre tão sensível e frágil, tu, sempre auto - confiante, auto - suficiente... Indiferente... Hoje, a indiferença por ti, pelo que sentes ou deixas de sentir, também se instalou em mim, tomando o lugar do amor infinito que eu, tão erroneamente, acreditava ser por ti... Hoje, posso dizer com total convicção, que sou livre, que não sofro mais por um equívoco que quase me destruiu, pensando que eras o homem da minha vida... E este, talvez já não mais apareça, pois os anos se passaram, o tempo deixou marcas indeléveis, a idade, a dor, tornaram muito difícil sonhar vir a ser feliz, um dia, antes que meus olhos se cerrem... Pela última vez...
Tu, que por quase uma vida pensei conhecer... E a quem amei mais que a mim, mesma; tu, que fostes o sonho mais lindo que julguei realizado e que, tão depressa, e tão brutalmente, dele me despertastes... Quero que saibas que hoje já não sofro, mais, por ti. Sei que nunca lerás estas linhas, assim como sei que se lesses, não acreditarias, no que elas dizem, tanto e tão dependente fui, sempre, dos meus sentimentos e do que sentias, por mim, só faltando parar de respirar, quando sentia que te distanciavas... Da dor que me causastes, não preciso dizer, pois tens consciência de que, por causa dela, minha própria vida foi transformada num caos, enquanto pensavas apenas em ti e no teu prazer mundano, leviano e fútil, não se importando com o que me acontecia interiormente, até que as consequências vieram à tona e nem assim, mudastes... Ainda era apenas tu.
Não viverei para sempre, e quero que saibas, também, que, mesmo depois de tudo, mesmo depois de ter descoberto que nunca fostes o homem que eu amei, que és para mim apenas um completo desconhecido em quem projetei a imagem do homem dos meus sonhos, e passei anos pagando um alto preço, por essa ilusão, quando meus olhos se cerrarem e eu exalar meu último suspiro, ainda assim não estarei levando comigo qualquer mágoa ou ressentimento, por ti... Não que eu tenha te perdoado, porque nada havia a perdoar, além de que, não sou perfeita para me dar o direito de julgar as atitudes de quem quer que seja, e pela consciência de que, com certeza, a dor que me causastes, foi apenas uma forma de me dar a chance de resgatar algum mal muito grande que, em algum lugar do passado, numa outra vida, quem sabe, eu te causei e não te pedi perdão... Ou pedi, e não me perdoastes... Por isso, agora, antes que meus olhos se cerrem e eu parta para uma outra dimensão, eu te peço perdão se não fui o que esperavas que eu fosse, não por minha vontade, mas porque não tinha que ser... Desde sempre fomos tão diferentes... Eu sempre tão sensível e frágil, tu, sempre auto - confiante, auto - suficiente... Indiferente... Hoje, a indiferença por ti, pelo que sentes ou deixas de sentir, também se instalou em mim, tomando o lugar do amor infinito que eu, tão erroneamente, acreditava ser por ti... Hoje, posso dizer com total convicção, que sou livre, que não sofro mais por um equívoco que quase me destruiu, pensando que eras o homem da minha vida... E este, talvez já não mais apareça, pois os anos se passaram, o tempo deixou marcas indeléveis, a idade, a dor, tornaram muito difícil sonhar vir a ser feliz, um dia, antes que meus olhos se cerrem... Pela última vez...