Resposta ao Delírio

< Suponha pseudônimos, o autor como mar e amada como vento. >

Amada,

Recebo com cada sensível do meu corpo suas letras sinceras e cada vez mais próximas. De certo que és vento e talvez nunca possa tê-la. Mas não faço questão de posse de nenhum elemento tão belo. Quero que somente me encante cada dia mais, como já o faz. E divinas palavras foram as que usou para definir minha vida: ' A boca sempre será efêmera, só as letras nos tornam inesquecíveis'

Creio no amor, minha querida. Um tão incrível sentimento que foi descoberto há muito pelo vento e pelo mar. Já não se lembra da história mais incrível vista, onde aquela sensação jamais poderia existir. O vento insistentemente tentava beijar o mar e o mar,

abraçar o vento. Criaram-se as ondas, vítimas desse completo por de sol.

Não acredito em amores eternos. Acredito em momentos e pessoas eternas. Entretanto, se for preciso cumprir essa vigente, vivo a eternidade menos um dia para valer essa física.

Não peço seu corpo ou sua vida. Peço seus sentimentos e em mim - ao fundo do mar - estarão guardados. E se algum dia, precisar pegar alguma corrente de ar ao infinito, pegue a marítima. Em ti estarei a cada segundo e seus toques estarão em minha suprefície durante o sempre.

A que faço isso? Não sei bem, mas faço meu segundo pedido. Que não estejas todos os momentos ao lado, isso é a maior inverdade já dita aos comuns. Que estejas no pensamento, e isso me basta.

TU me bastas.

Se pareci Romântico, me perdoe. Sempre tendi ao Realismo.

Do seu querido alguém.