CARTA DE UMA INSANA
Cabelos em desalinhos, olheiras profundas, uma face apática.
Voz abafada, apenas grunhidos incompreensíveis, um ser a
sombra do mundo.
Alma a vagar pelos dissabores do existir, existindo a margem
da sanidade.
Um coração despedaçado, uma historia interrompida, uma vida
mutilada pela dor.
Uma dor existencial que ceifa os sonhos, que cega a luz da co-
ragem.
Flagelos de uma vida fraguementada em lembranças que se des-
pedaçam diante das desilusões.
Uma bela mulher aprisionada nos caminhos misteriosos da vida que
marcha imponente.
Murmúrios ecoam diante da apatia de suas lágrimas, seus olhos
sombrios são a expressam do abandono.
Não existe alegria em seus gestos, suas atitudes são dementes e
seu caminhar se tornou uma marcha em direção aos braços da
morte.
Envergada pelo o peso da dor e incompreeñsão segue seu triste
destino.
O ar esta pesado, a brisa não mais lhe acarinha a face, sua pele
sangra das chibatadas da intolerância.
Enfim, encontra o aconchego para seu esprito cansado e repou-
sa seu corpo maltrapilho sobre a lapide da morte.
-CAMOMILLA HASSAN-