Você a quem tanto amei

A cidade não importa, nem o dia, o mês, tão pouco o ano.

Você a quem tanto amei,

Hoje eu revi, e revivi você. Então, resolvi lhe escrever essas palavras, quis lhe dizer que toda nossa história veio-me sofrida, mas seguida de uma imensa calmaria.

Revivi sensações, emoções, ilusões, decepções e as desilusões.

Sua voz, seu jeito, palavra por palavra hoje eu te revivi.

O coração não mais acelerou, e o desejo não mais me inquietou.

Assim, consegui perceber que ainda era pueril na arte de amar, e que talvez, por isso, não conseguiste compreender o quanto quis ter você, estar em você, amar você.

Deste-me o que podia naquele momento, e eu, ávida em querer-te, fiz questão de vendar meus olhos, fazer-me de surda, aos sinais que você me enviou. Acreditei que poderia me amar tanto, e até mais do que amei você, mas me enganei!

Se lhe disser que já o esqueci, mentirei a mim, e ao meu coração, sua presença ainda permanece mais muito singela. O que posso garantir a você a quem tanto amei, é que não te sinto mais com a mesma emoção de outrora, posso dizer a ti, que hoje, de tudo que sentia, restou o aprendizado, restou também algumas palavras, todas elas agora jogadas ao vento, sob forma de poesia ou pensamentos.

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 19/10/2008
Reeditado em 01/03/2009
Código do texto: T1236174
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