A um desinteressado qualquer...

As vezes é muito difícil. Tento manter a calma, paciência, lealdade... Hoje tô sentindo uma agonia estranha dentro de mim, acho que o filme que eu fui ver no cinema me impressionou, era muito pesado. Tentei por horas a fio, inutilmente, falar com você. Talvez eu quisesse conversar coisas bobas, ou assuntos que teriam importância pra mim. Queria alguém não integralmente, porque acho exagero, mas que fosse minimamente meu. Que detalhes me pertencessem, ou que tivesse vontade, ou no mínimo curiosidade, por gostar, de saber como eu estou. Não sei o imprevisto que lhe aconteceu, ou a rotina que não me incluí que te acometeu. A única certeza que eu tenho é que estou deitada, com um aperto terrível no peito, que fazem as lágrimas descer naturalmente, talvez prevendo uma perda, ou é uma sensação boba. Mas alguma coisa aqui deve mudar, e eu queria no mínimo agora poder contar com um "Oi", ou "Tchau" que fosse seu, e de mais ninguém.

Alê Trindade
Enviado por Alê Trindade em 01/10/2008
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