AMA-ME COMO SOU

Tão pouco eu lhe pedia.

Ama-me como sou.

Só assim sinto alegria.

Não posso reprimir minha poesia.

Você não me entendia.

Que a um outro mundo eu pertencia.

Eu sou de um planeta distante.

Uma viajante.

Sou uma criatura do bem.

Dizia. Experimente, tente.

Venha comigo também.

Eu lhe puxava para meu mundo esquisito.

Este mundo tão bonito.

Onde se viaja sem medo do desconhecido.

Sinto nunca ter lhe pertencido.

Não entendo amor assim.

Não podemos nos anular.

Dizer sempre sim.

Eu só quis lhe mostrar.

Um pouco do que meu ser contém.

Não o forçava a nada.

Apenas convidava.

E você recusava.

Eu não era o que você desejava.

Você dizia que eu era uma mulher estranha.

Que com a mesma facilidade que ria eu chorava.

Você não entendia que minha alma é que falava.

E sempre eu me emocionava.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 07/09/2008
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T1165788
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