Reflexões de um filho humilde e desolado...

Minha Querida Mãe,

Nesta oportunidade gostaria de escrever estas linhas e tentar expressar os sentimentos que, porventura, eu, seu filho não consigo na rotina do dia-a-dia.

Sim. Tenho sido um filho omisso por não conseguir expressar de fato, o que intrinsecamente desejo de benquerer a você e ao meu pai. Espero com estas letras ratificar o quão sou abençoado por ser parte de vocês dois e fruto desse amor que já dura mais que a existência sozinha de ambos na juventude de outrora.

Quero com esta carta não apenas homenagear sua passagem por mais este ano de felicidades e de realizações em sua vida, mas, sobretudo, agradecer pela mãe santa que és e por ser luz e meu guia nos meus momentos de desânimo, esteio nas minhas horas de angústia, meu porto-seguro nas minhas horas de provações...

Quero jubilar-me pelas graças que Deus me deu ao ter uma mãe única e abençoada como a Sra. e ratificar o que, às vezes, não apenas com atos ou gestos conseguiria...

Quero que estas linhas sejam lembradas pelo ensejo que trago cingido em minha curta história e pela felicidade ímpar e sublime em reconhecer que nada nesse mundo é mais importante hoje do que a família que tenho e que se faz morada em minha alma e meu coração...

Nunca seria suficientemente o bastante agradecer o quanto vosso amor me construiu do jeito que sou... E nisto incluo meu pai, visto que a austeridade de caráter me foi moldada pelos exemplos abençoados que tive de vós dois...

Sempre serei eternamente grato desde já pela minha vida e, me sinto mais do que na obrigação em responder à altura todo o sacrifício que vossas vidas depositaram em mim para que pudesse ser o que sou hoje...

Sou eternamente grato pelas horas febris em que tive sua presença a cuidar de mim, pela sua mão que me afagou o sono e que me induziu aos meus sonhos pueris... Sou grato pela noção de fé que carrego em minha vida e que vejo manifestados todos os dias em sua presença e em tudo o que fazes... Desde o mais simples gesto em cuidar de uma flor ou tirar as ervas daninhas que estragam o jardim da vida...

Sou apenas um humilde e desolado filho que espera se redimir nestas linhas um tanto canhestras e carregadas de intenções... Humilde em reconhecer que não sou nada perto do que você e meu pai construíram diante da vida e o que fizeram ao longo dela... E desolado em constatar que, em minhas conclusões, meu caminho ainda é apenas um inicio medroso das minhas futuras escolhas...

Nesta data, quero que saibas apenas do orgulho sem igual e indescritível que tenho em ter essa família abençoada pela Luz Divina de Nosso Senhor, todos os Guias Espirituais que nos acompanham; e que se ratifica a cada dia nos pequenos enleios do dia-a-dia...

Saiba que as histórias que levarei para minha velhice e para meus futuros e improváveis filhos serão as das lembranças dos pais maravilhosos e abençoados que tive um dia e que me amaram tal qual a Trindade se manifestou na essência da Sagrada Família...

Saiba também que este humilhado filho que torna à casa de purificação nestas letras de redenção nunca deixou de amá-los um instante qualquer...

Mas, saiba, sobretudo, que este amor propalado nada mais é do que a reciprocidade de vosso próprio amor diante da vida e da família maravilhosa construiu e que Deus quis, em sua Divina Sabedoria, que eu partilhasse essencialmente dela.

Um Feliz Aniversário e Parabéns de seu filho que te ama,

ad majora natus