QUIÇÁ
Será que este dia será igual ao de amanhã, digo isto por que hoje está sendo igual ao de ontem. A mesmiçe me persegue como uma leão atrás de sua caça. "Não se desespere, espere o momento certo". Uma voz interior me diz. - Mas que momento é este? Meu consciente me pergunta. Porém nada de respostas instantânteas, nada de curas milagrosas, pois só o vento frio vindo de minha janela me desperta de meus devaneios, a pele necessita de um agasalho, mais um movimento, uma necessidade momentânea como o sentir a barriga rocar. Na verdade estou sem idéias, ou serão ideais. Não sei, pois não posso esperar uma valquíria me salvar aqui do décimo primeiro andar do condomínio fechado onde moro, primeiro as idéias machistas ao vez de se desviarem de meu cérebro entram sem permissão evitando assim qualquer tipo de SOS de uma mulher e segundo nunca deixariam de interfonar primeiro para ver se estou esperando uma visita fantasiada na guarita. Seria eu que deveria subir até aos céus e salvar um anjo decaído, seria mais fácil e bem mais aceitável para mim, ainda mais se for um anjo feminino. Parece que estou fora do progresso, pareço até retrógrado, contudo é assim fico pensando. Pobre de espírito e esperança? Pode ser. Mas me vem sempre a cabeça o porque que continuo sentado aqui de frente a este computador escrevendo sobre a minha vida, isto deve ter algum sentido, deve complementar aquele copo vazio de café que deixei em cima da pia. É! é melhor eu me recolher para meditar um meio de sair desta fossa e esperar, esperar, esperar. Pois tudo que em meu alcance que pude fazer já foi feito agora é esperar, quiçá mais um dia, um mês, um ano...
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