CARTA VI
Estava em casa... Não consegui apagar as palavras que li. Parece que meu olhar ficou gelado. Tive que sair para pensar. Caminhar na praça da igreja a noite é reconfortante. Aqui, na minha pequena “vila”, tudo é lento e sem perigo. Parece um “útero materno” que me protege da maldade do mundo. Andei entre as árvores, pelo parquinho. Tem gente aqui, tem crianças aqui, tem gente namorando... Estou sozinha. Sinto uma vontade louca de fumar. Não tenho cigarros, deixei de comprar, conseqüentemente deixei de fumar. Não sei o que pensar. Não consigo concatenar as idéias. Tudo me parece tão diferente. Acho que sou eu... Acho que sou eu.
Creio o erro seja meu mesmo. Não devemos nos deixar dominar pelos sonhos. Sonhos iguais aos que tenho... Queria ter asas agora e ser como estes pássaros que gritam. São os quero-queros voando por aqui. Assustam-me estes gritos. Parece minha alma gritando. Parece meu grito interior querendo sair, mas minha boca esta calada e amarga.
Não entendo... Será que para ser feliz, uma mulher deve ter um comportamento diferente?! Deve ser dura? Não acreditar no amor?! Não desejar fazer o seu homem feliz e ser feliz em poder fazer isso?
Não pode ser meiga, doce, e se preocupar?! Talvez as mulheres de hoje tenham que ser assim. As jovens, as meninas. As futuras esposas dos grandes homens devem ser assim... Acho que sendo uma mulher dura, uma mulher que impõe a sua vontade seja a melhor saída para uma relação duradoura. Talvez não haja mais lugar para as mulheres românticas, sonhadoras, que admiram seus homens, que façam da vida uma eterna ciranda só porque podem olhar nos olhos de quem amam, que ficam felizes por saber do seu dia, dos seus planos e suas idéias. Que sonham uma vida ou um resto de vida com este amor ao seu lado, sendo cuidado, admirado e muito amado...
Está um vento frio aqui... Um vento frio dentro de mim também. Vou para casa. Me fazer dormir e não sonhar, não ouvir mais este vento e sua cantoria.
Apenas um vento frio em minhas folhas...
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Estava em casa... Não consegui apagar as palavras que li. Parece que meu olhar ficou gelado. Tive que sair para pensar. Caminhar na praça da igreja a noite é reconfortante. Aqui, na minha pequena “vila”, tudo é lento e sem perigo. Parece um “útero materno” que me protege da maldade do mundo. Andei entre as árvores, pelo parquinho. Tem gente aqui, tem crianças aqui, tem gente namorando... Estou sozinha. Sinto uma vontade louca de fumar. Não tenho cigarros, deixei de comprar, conseqüentemente deixei de fumar. Não sei o que pensar. Não consigo concatenar as idéias. Tudo me parece tão diferente. Acho que sou eu... Acho que sou eu.
Creio o erro seja meu mesmo. Não devemos nos deixar dominar pelos sonhos. Sonhos iguais aos que tenho... Queria ter asas agora e ser como estes pássaros que gritam. São os quero-queros voando por aqui. Assustam-me estes gritos. Parece minha alma gritando. Parece meu grito interior querendo sair, mas minha boca esta calada e amarga.
Não entendo... Será que para ser feliz, uma mulher deve ter um comportamento diferente?! Deve ser dura? Não acreditar no amor?! Não desejar fazer o seu homem feliz e ser feliz em poder fazer isso?
Não pode ser meiga, doce, e se preocupar?! Talvez as mulheres de hoje tenham que ser assim. As jovens, as meninas. As futuras esposas dos grandes homens devem ser assim... Acho que sendo uma mulher dura, uma mulher que impõe a sua vontade seja a melhor saída para uma relação duradoura. Talvez não haja mais lugar para as mulheres românticas, sonhadoras, que admiram seus homens, que façam da vida uma eterna ciranda só porque podem olhar nos olhos de quem amam, que ficam felizes por saber do seu dia, dos seus planos e suas idéias. Que sonham uma vida ou um resto de vida com este amor ao seu lado, sendo cuidado, admirado e muito amado...
Está um vento frio aqui... Um vento frio dentro de mim também. Vou para casa. Me fazer dormir e não sonhar, não ouvir mais este vento e sua cantoria.
Apenas um vento frio em minhas folhas...
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