Adeus (luto): Os grandes Homens.

Nunca pensei que dizer “te amo” fosse tão importante. Hoje eu sinto falta de duas palavras que são apenas silêncio. Aqueles abraços e às vezes palavras duras. Um pai, um amigo, um ente, o que importa quando seu calor se resfria? O que importa quando seus olhos jazem um sono sem volta? Nada dura para sempre senão as velhas lembranças de uma amizade, de momentos acima das vicissitudes. Não há maldade, nem maniqueísmos no fim de uma estrada. Apenas os versos e as rosas em cima de sua lápide. Chove num agosto distante. Chovem dores, risos, dissabores. Se fosse fácil dizer adeus minhas mãos não tremeriam escrever para o céu. Não espero resposta. Apenas brisa que me acalme, amplidão que me acalente.

Os grandes homens da minha vida hoje são estátuas, fotos, sombras que estremecem. Podem não ser deuses aqueles que amo, mas são heróis humanos que se despedem da força da vida. O nome pode ser extinto, mas não seu rosto, nem suas idéias. Mil sóis brilharão num novo mundo e mesmo que as velhas manhãs fiquem desnudas, seu lugar nunca ficará vazio. Volte em forma de vento, abraça-me como o orvalho da manhã. Escreva na janela com o sereno da madrugada e diga que está tudo bem. Estarás sempre em mim e eu sempre em você, companheiro...

Arquiduque de Ignaros
Enviado por Arquiduque de Ignaros em 26/08/2008
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