A um poeta recantista
Caro:
Tu, amigo, dizes deixá-la segurar tuas mãos, mas não mais o coração, pois precisas ter domínio de seus descompassos.
Como és sábio! Eu parecendo uma menina, que entrega corpo, alma e coração a quem ama, sem maliciar que é o ladrão e que vai fazer muita falta meu coração. Toma tempo demais colar os pedaços e nunca será o mesmo.
A poesia que vem desse padecer compensa. Mas sangra e ainda não estou plenamente senhora de fazer minhas próprias ataduras. Tua poesia me anima a ser de novo uma aprendiz.
Ass.: Sônia (Alma)