CARTA E CONFISSÃO I ...
A ti, meu grande amor;
Palavras...
Sei que palavras entorpecidas de sentimentos ruíns, te foram ditas! Eram minhas lamúrias, denunciando meu estado de penúria e o meu ser sedento de amor, tal qual terra sêca, quando um sentimento passageiro e involuntário, me fêz burlar o que de mais belo e verdadeiro existia em mim, por ti.
E tu, sabendo que eram palavras carregadas de tristeza,
fêz dos teus, "ouvidos de mercador", como a compreender o momento, num silêncio trucidante porém nescessário, com o único objetivo, de tudo apaziguar.
Sim meu querido, em meio a dor da perda, disse que "te odiava"; mas claro que estava isto sim, querendo dizer-te na verdade, que não deixei te te amar!
Pois, como meu Deus?...Alguém odeia e ama num só coração, quando este (coração) já está há muito, se esvaindo aos poucos por sentir com profundidade, esta ausência que o consome?
Como odiar a quem tanto se quiz ? Como?...Confesso que isso em mim, é impossível !
...Ahh...tu não sabes o que se passa em mim; tu não sabes o tamanho desse amor que me envolve e talvez tu nunca saberás! Talvez tu nunca saberás, que eu te amei e que eu ainda amo-te demais...e que certamente, amar-te-ei para sempre, em meu coração!
(Janete Fernandes - 14/08/08)