Carta a Chico da Lama, o Vermelho
Amigos,
Recebi o texto abaixo, de um tal "Chico da Lama, o Vermelho" (Francisco Barros). O cretino, como todos os comunas safados encabeçados por Tarso Genro, quer que apenas os militares "torturadores" sejam processados, ficando de fora os terroristas criminosos de guerra que promoveram atentados a bomba (com mortes - Aeroporto de Guararapes, Kosel Filho, p. ex.), tortura (caso de Lamarca e seus capangas, que torturaram, com coronhadas na cabeça, até a morte, o tenente Mendes Jr., da PM paulista), sequestros (diplomatas estrangeiros, como o embaixador americano Charles Elbrick e outros) e assassinatos de 120 pessoas durante os anos da matraca comunista financiada por Moscou e Havana.
Tudo o que o antigo terrorista Tarso "Béria" Genro, o comissário do povo tupiniquim, vem fazendo, com apoio da claque esquerdista, não passa de mais uma estratégia de desinformação da sociedade brasileira. Safados são também os que ajudam a propalar essa caixa de ressonância da mais pura patifaria, que não tem outro objetivo senão desviar a atenção no que se refere a corrupção de Lula, filho e compadre em relação ao empresário Daniel Dantas e das ligações de petistas com as FARC, provando que Lula e sua companheirada são sócios daquele bando narcoterrorista junto ao Foro de São Paulo.
Repito: tudo não passa de coisa típica de comunista safado.
Att,
F. Maier
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From: francisbar@oi.com.br
To: c.ustra@terra.com.br
Subject: Torturadores se desesperam...
Date: Wed, 6 Aug 2008 22:42:59 -0300
"É incrível a fragilidade dos argumentos brandidos por aqueles que se opõem à punição dos crimes de tortura cometidos durante a ditadura militar. Essa incoerente defesa da impunidade reflete a pobreza teórica e filosófica, a
herança do fascismo, que, como se uma coisa compensasse a outra, contrapõe o mais vil dos crimes contra a humanidade, a prática da tortura, à luta heróica dos que se opuseram à ditadura militar, exercendo o direito de
rebeldia contra a tirania, e sujeitaram a si mesmos e a suas famílias a indizíveis sacrifícios.
Em que princípios jurídicos se fundamentam os que afirmam que "uma revisão da lei, com o fito de punir militares por atos de tortura, implicará, também, em reversão da extensão da anistia aos que lutaram contra a ditadura"? Na Convenção Americana de Direitos Humanos? Na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU? Na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa? Na Convenção de Genebra? Não. Eles se baseiam em lei imposta por um regime ilegal, usurpador, tirânico e terrorista: a ditadura militar que se apoderou do Brasil em 1964.
Vilipendiadores dos significados, utilizando-se de linguajar propagandístico, chamam de terroristas aos que, de fato, combateram o
Terrorismo de Estado.
Os algozes foram automaticamente anistiados e permaneceram no exercício de seus cargos, recebendo seus vencimentos e não precisaram recorrer a nenhuma Comissão para terem seus direitos garantidos. Sempre puderam enterrar os
seus mortos e saber o destino de seus familiares. Situação radicalmente oposta à dos libertários e de suas famílias, às quais é negado o direito ao conhecimento da verdade. Ainda são forçados a requerer a anistia e a provar os danos de que foram vítimas e as provações e suplícios por que passaram.
Para ser equânime, a nova lei deve exigir que também os acusados de tortura recorram à justiça e ali apresentem provas de que não praticaram tais atos, para, assim, poder manter seus salários e aposentadorias.
A conseqüência natural, para aqueles que não possam provar inocência, deveria ser o enquadramento no código penal e a responsabilização pelos danos causados à nação. Se o erário público precisa indenizar os cidadãos que sofreram prejuízos físicos, morais e patrimoniais em razão de atos desumanos e, mesmo, animalescos de parte de seus funcionários, é perfeitamente justo e razoável que estes indenizem ao tesouro as perdas
oriundas de sua insanidade."
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EDITORIAL
Brasil de Fato
Edição 284
05.08.2008
Um fantasma ronda a caserna
"É que eles têm medo do dia de amanhã
Eles aconselham o dia de amanhã
Eles desde já querem ter guardado
todo o seu passado no dia de amanhã"
(Em volta da mesa - Caetano Veloso - 1967)
Quem é o ministro da Defesa, senhor Nelson Jobim, com seu histórico de fraudador do texto da Constituição, para puxar orelhas de seus pares de Ministério? Por que a pressa em servir a meia dúzia de chefes militares, coadjuvados por coronéis de pijama, saudosistas da ditadura, quando brilhavam como co/mandantes e/ou executores em seus quartéis de torturas contra opositores da ditadura?
Quando uma Audiência Pública em torno do tema "Limites e Possibilidades para a Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil", organizada pelo ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, e a defesa, pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, da punição de militares que praticaram a tortura durante a ditadura pós 64 são capazes de abrir uma crise institucional, é por que estamos à beira do caos. Sobretudo se lembramos que, apesar de revelar um poder supra-Estado, o escândalo Daniel Dantas foi incapaz de provocar
qualquer crise desse tipo, ou qualquer arrufo patrioteiro desses atores fardados.
Quem quer sair bonito na foto?
Quando o leitor estiver folheando esta edição, na quinta-feira (7 de agosto), esses coronéis de pijama e alguns oficiais da ativa estarão
reunidos na sede do Clube Militar, no Rio.
Prometem projetar em telão biografias (à sua moda), fotos e documentos dos anos 1960-1970 dos membros do atual Governo que se puseram em armas contra o regime que muitos dos ali reunidos implantaram, dirigiram e que ainda defendem, e cujo saldo - além de uma inaudita concentração da riqueza e ampliação da miséria - foi o de mais de 400 opositores assassinados.
Certamente não exibirão as fotos dos arquivos policiais e militares onde vários desses antigos militantes aparecem com rostos desfigurados em virtude das torturas. Ou seja, sequer em conta que nenhum dos seus biografados faz questão de sair bonito na foto.
Intimidações prosseguem
Enquanto esses senhores que desonram nossas Forças Armadas (como se fossem estas e não alguns dos seus membros, responsáveis pelas barbaridades cometidas contra milhares de opositores - muitos dos quais também militares), estiverem reunidos, certamente a nossa repórter Tatiana Merlino estará recebendo mais uma ameaça anônima por telefone: Tatiana é sobrinha do jornalista Luiz Merlino, assassinado sob torturas em 1971, nas dependências do Doi-Codi (SP), e cuja família move processo de responsabilização do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, pelo assassinato do jornalista.
Fichas dos "subversivos"
Na verdade, aqueles militares já começaram a divulgar os dossiês de membros do Governo. Logo após a Audiência organizada pelo ministro Vanucchi e a declaração do ministro Genro, a ficha sobre o passado político deste último
foi enviada à imprensa, que a publicou. Perguntado a respeito, o ministro respondeu: "A minha [ficha] me orgulha".
Orgulham-nos também a ficha do ministro Genro, a do ministro Vanucchi, e as fichas de todos atuais ou ex-membros do Governo que lutaram, não importa por que meios, contra a ditadura - mesmo aqueles com os quais possamos ter divergências políticas.
Também nos orgulhamos do marechal Henrique Dufles Teixeira Lott, e do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon - apenas dois exemplos dos muitos militares que honraram as nossas Forças Armadas.
O mesmo não podemos dizer do passado do senhor Jobim.
Insustentáveis falácias
Tão insustentável quanto achar que tortura é crime político e/ou prescritível, ou que a expressão "crimes conexos" (na Lei de Anistia de
1979) significa anistiar também os torturadores e seus mandantes, é qualificar de "revanchismo", a necessidade, para o aprofundamento da
democracia, de apuração dos crimes cometidos contra os opositores do regime e, portanto, de responsabilizar, julgar e punir aqueles que os cometeram: não se tem notícia de qualquer entidade ou pessoa que tenha sugerido "seqüestrar", manter em cárcere clandestino, torturar, assassinar ou
"desaparecer" com qualquer dos criminosos que forem identificados. Isto, sim, seria "revanche". O que se propõe é que sejam julgados, com todo o direito de defesa e demais direitos que lhes confira a lei. Maior falácia
(cinismo) é pretender que, caso isto venha a acontecer, os opositores do regime sejam também julgados e punidos. A resposta a tanta ignomínia cabe em uma curta pergunta: Outra vez?
Considerações finais
Os reunidos no Clube Militar são os mesmos que lutam pela criminalização dos movimentos populares. Os mesmos que, juntamente com o "alerta" que dão sobre a forte presença de "ex-terroristas" no atual Governo, e sobre supostos
contatos deste com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), tentam criminalizar o próprio Governo. O objetivo é simples: pressioná-lo para barganhar novos cargos - como o fizeram (sempre com o apoio da grande mídia comercial) para emplacar o senhor Jobim na pasta da Defesa.
Aliás, quem cunhou a expressão "terroristas" para designar os que combateram com armas a ditadura, foi essa mesma mídia - no caso, o Jornal do Brasil.
Lamentavelmente os jornalistas do Observatório da Imprensa não poderão nos ajudar a investigar essa questão: não se deve falar de corda em casa de enforcado.
Quanto às declarações apressadas e levianas dos deputados federais (PT-SP) Cândido Vacarezza e Jilmar Tato, de censura ao ministro Genro, atribuindo a atitude deste a uma suposta intenção de acúmulo político visando candidatura
à Presidência em 2010, os deixa em situação delicada: não estariam os deputados alavancando, assim, a potencial candidatura do ministro Jobim, o Fraudador, para a substituição do atual presidente e, ao mesmo tempo, se cacifando para cargos futuros?
Ora, os muitos movimentos do senhor Jobim demonstram claramente que se prepara para postular o cargo. Um tertius de última hora.
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia