CARTA PARA UM HERÓI
Meu caro Sísifo.
Dirijo-me a ti porque sei de uma história a teu respeito e porque nós temos algo em comum. Vivo um grande dilema acreditando que apenas Deus pode dar-me a resposta desejada para questões que me atormentam.
Reconheço então, que de certo modo, me pareço contigo, porque desafiaste os deuses. Pois se pudesse chegar até Ele e Lhe fizesse as perguntas guardadas em meu íntimo, eu O estaria desafiando. Explico melhor. Buscar essas respostas é fato que traz embutido em si o orgulho, supor que posso saber o que só Ele sabe. Se não me foi dado saber, porque não me conformo com tal fato e o aceito? Quando era criança, sonhava com um encontro nos céus, onde Ele amorosamente me explicava os segredos da Vida e do Universo. E quando digo sonhava é porque o sonho era recorrente.
Por desafiar os deuses, foste condenado a empurrar uma pesada pedra, montanha acima. Difícil, mas podia ser feito. A questão é que, finda a subida, a pedra não podia ser contida, rolava montanha abaixo e era necessário recomeçar a tarefa. Após pequena pausa, enfrentavas o desafio novamente . Tenho esse dilema diante da vida. Enfrento a dificuldade, a luta, para atingir certo objetivo, e eis que “a pedra rola”. Então, pergunto a ti, mortal tanto quanto sou. - De onde vem essa força? Ou, qual a força que te anima a recomeçar a tarefa interminável?
Sinceramente,
A Pedra
Meu caro Sísifo.
Dirijo-me a ti porque sei de uma história a teu respeito e porque nós temos algo em comum. Vivo um grande dilema acreditando que apenas Deus pode dar-me a resposta desejada para questões que me atormentam.
Reconheço então, que de certo modo, me pareço contigo, porque desafiaste os deuses. Pois se pudesse chegar até Ele e Lhe fizesse as perguntas guardadas em meu íntimo, eu O estaria desafiando. Explico melhor. Buscar essas respostas é fato que traz embutido em si o orgulho, supor que posso saber o que só Ele sabe. Se não me foi dado saber, porque não me conformo com tal fato e o aceito? Quando era criança, sonhava com um encontro nos céus, onde Ele amorosamente me explicava os segredos da Vida e do Universo. E quando digo sonhava é porque o sonho era recorrente.
Por desafiar os deuses, foste condenado a empurrar uma pesada pedra, montanha acima. Difícil, mas podia ser feito. A questão é que, finda a subida, a pedra não podia ser contida, rolava montanha abaixo e era necessário recomeçar a tarefa. Após pequena pausa, enfrentavas o desafio novamente . Tenho esse dilema diante da vida. Enfrento a dificuldade, a luta, para atingir certo objetivo, e eis que “a pedra rola”. Então, pergunto a ti, mortal tanto quanto sou. - De onde vem essa força? Ou, qual a força que te anima a recomeçar a tarefa interminável?
Sinceramente,
A Pedra