Carta encontrada no túmulo de Sophia du Condrey.

(Carta encontrada um ano após a morte de Madeline Sophia em seu túmulo)

-Baseado na novela de Gabriella Gilmore, Um amor por detrás das brumas.

Caríssima Sophie,

Talvez eu nunca pudesse demonstrar realmente meu amor por você e a admiração que eu sempre tive por ti, mesmo não demonstrando explicitamente toda minha adoração a sua pessoa, àquela adolescente que se tornou a mulher mais especial da minha vida. Dividimos muitas coisas juntas; de livros, poesias, às juras de amor eterno, até mesmo você não falando nada, até mesmo no silêncio do seu coração. Dividimos vidas, pois eu descobri que nossa história já estava escrito nos pergaminhos perdido em Ávalon. Descobri que almas gêmeas nunca morrem. E sinto tanto não ter retribuído as mesmas lágrimas, as mesmas dúvidas, pois eu sempre soube o que eu queria para minha vida e acho que você também sabia o que seria melhor para você. Não repudio a sua escolha, muito pelo contrário. Você se doou a um trabalho belíssimo e talvez tenha abdicado um grande amor às causas perdidas e isso te faz a imortal mais humana que já conheci. Sempre amarei sua vida e prometo fazer da sua vida a história mais encantadora que já se ouviu contar. Pessoas conhecerão através de sua história, que o amor transcende qualquer pré-conceito quando se é sinceramente vivido. Que ele aparece nas mais diversas formas e que a maneira de como se encara só cabe a pessoa e mais ninguém.

Pude ver você gritar aos céus para não cair em contradição outra vez e você foi estupidamente valente em reverter coisas que já estavam gravadas na sua alma e te aplauso por ter conseguido reescrever a sua história, de ver que o humano pode sim dominar qualquer área que seja. Você deixou não só exemplo para mim, mas para todos que ainda acompanham seu trabalho e a todas aquelas crianças que você levou a arte de viver. Alguns vão até poder te achar egoísta e covarde por tal renuncia, mas eu sou a prova viva de que você só queria desempenhar outro papel e sua historia será duplamente imortalizada.

E onde estiver, saiba que ninguém nunca me tocou e me olhou da forma como você o fez e esse toque tem chegado a vários lugares por onde você deixou sua sementinha. A fundação Amigos da arte tem salvado diversas crianças das drogas e da marginalização e sei que você está a nos olhar e sempre nos enviando poções de bênçãos!

Eu te amei sem medo e te espero por todo sempre.

Diana Natzch

january, 2003.

Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 31/07/2008
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T1107102
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