QUERO ME ENCONTRAR
Hoje ñ sei
Quem sou débil, com a alma dolorida!
Tenho até medo de descobrir...
Sem certeza, em ver o amanhã
É certo que ñ vivo,
Eu insisto em sobreviver
Fugindo da realidade
Que voraz, e assombrosa, devora-me
Abrigo-me, dentro de mim,
minha casa, preciso de novos abrigos
Ou quem sabe uma caixa
De madeira, ou até
Uma camisa, ñ de seda pura, por que
Ñ me caberia, menos ainda de Vênus
Quero viver, preciso, mas ñ descubro... Como?
Até sorrir dói, ir à pracinha, o social me destrói.
Esconder-me onde? Aqui dentro!
NÃO CABE MAIS NADA, NEM EU.