AO MEU ALGOZ
Parado em frente ao lago la esta ele, fitando a agua inerte em seus
pensamentos sombrios.
A agua esta congelante posso senti-la enquanto caminho em direçao
ao fim.
Meus pensamentos sao confusos, a dor me torna insana e continuou
caminhando em direçao ao fundo do lago.
Meu algoz nao expressa nenhuma palavra, meu sofrimento parece lhe
alimentar os mais sadicos desejos.
Sinto a agua invadir minha boca ja nao mais penso e a agua começa a
me sugar para suas profundezas.
Mais alguns instantes e agua me sufoca, sinto a agonia da morte, sin-
to meus pulmoes se encherem de agua numa dor latente.
Me entrego sem lutar contra o desespero de sentir a agua me afogar,
nada mais faz sentido me deixo absorver diante da agonia da vida.
De repente ja nao mais sinto o desespero de vida tao profana e o
silencio do lago me deixa em paz.
Enfim me liberto da tirania do meu algoz.
Meu algoz acende um cigarro de palha observa o corpo que jaz sem
vida, nao a piedade em seus olhos.
Vago sem direçao a alma atormetada, sentimentos desconexos e
nao encontro a luz nem os anjos.
Tudo e escuridao e abandono, me vejo presa ao lago ao mesmo
tempo que caminho a esmo.
Sinto a podridao do corpo como se me rasgasse a alma, nada posso
fazer.
Pereço diante do horror em saber que a vida me escapou pelos
vaos dos dedos.
CAMOMILLA HASSAN