Ao homem que eu amo...
Quando eu puder tocar teu rosto... sei que minhas mãos sentirão a eternidade do que já sentem...
E minhas palavras, presas à língua, serão diluídas como desejo a se perder pela garganta... e minhas pernas, até então atentas, estarão certas de saber chegar até você.
Quando eu puder tocar teus lábios, com os meus lábios... sei que minha boca, estará rendida à conspiração do tempo... vencida pelo destino cego...
E meus beijos, eufóricos e guardados, respirarão a liberdade de se atirarem na indecência do teu gozo...
Quando eu puder entregar meu corpo ao teu... sei que meu coração aflito pela espera, compulsivo e louco, se entorpecerá pelo teu cheiro raro...
E meu suor, escrito em tantos poemas, ganhará vida e magia dentro das horas lentas....
Quando eu puder sonhar meu sono nos teus braços... sei que não restará razão alguma... serei minha própria emoção a desafiar os dias...
Alana