"PERNOGRAFIA" MORNA (0): Explicação obrigada

0.- Uma explicação obrigada

No RECANTO DAS LETRAS começo agora mais uma série de textos. Iniciei uns CONTOS BÍBLICOS, deixados da mão de Deus ... por agora. Estou a colar as frações do poemário DO AMOR DE TUDO QUANTO É LIVRE. Tenho aberto seções de HAIKAIS e de ACRÓSTICOS. Não sei se valerá a pena publicar aqui uns CONTOS NADA EXEMPLARES (313) que dei a lume no PGL, da Galiza; parecem-me pouco universais ou excessivamente locais...

Seja como for, começo esta nova série de textos sob o título genérico de “PERNOGRAFIA” MORNA. Não sei se são poemas ou relatos ou pensamentos ou... ‘Chi lo sà?’ Quem o souber, estará no direito de lhe dar nome próprio. Sim sei que não são textos pornográficos, mas apenas "pernográficos". E mornos. Nada quentes. Nem fogosos. Não estou em idade de ardências nem de incêndios. Apenas serão textos “pernográficos”.

Não sei, não sei... E se os escrevesse como cartas dirigidas a...? A quem, meu Deus? Às minhas amigas? A varões assinalados? A mim mesmo, num ato febril de instropeção masturbatória? Tanto tem... Escrevê-los-ei como cartas que dirigirei a quem me petar. E pronto.

Os “voyeurs” unicamente poderão enxergar nelas extremidades enlaçadas, nomeadamente de mulher amante e generosa, mas não só. Também lhes darei ocasião de adivinhar quinhões de corpo brandamente feminino e, com eles, do masculino menos brando, na procura de “pernografia” apta para ser lida por quase toda a gente.

Fugirei dos “palavros” e dos “palavrões” referidos a sexo explícito, quer dizer, pretendo cortinar trás gazas de honestidade tudo o que as pessoas descortinam nos relacionamentos íntimos. Mas não por completo. Sugerir —dizem— parece muito mais tentador (e prazenteiro) do que pregoar desfechadamente.

Por fim, anuncio que a próxima colação foi intitulada «Carta materno-filial».