Para minha amada
Para Camila Satow Nagy, minha alegria, meu nada, por virtude do tudo esperar
Sempre precisadamente tendo
atabalhoadamente, entenda
o qual reciprocamente tenta
virtuosamente conquistar.
Desordeiramente estende o que a mulher precisa
e eu não me contento com o que mais valia,
pois mais do que desejos é a fantasia
que de nossos sonhos valem conquistar.
Cantarei-te sempre o entardecer do dia,
mostrarei-te sempre o normal inédito
Também recitar-lhe-ei o mérito
da natureza tão perfeita a te alegrar!
Descontentamente usufruo
dos vinhos e espinho a consolar,
verdadeiramente te espero
como cada cheiro o exalar.
Fragrantemente se dispersa plena,
todos saberão
Que não és mais minha pequena
e sim do coração
de um justo poeta desesperado
pelos seus beijos e carícias,
até mesmo das tristezas
que ao teu lado até mais tristes são.
Cantaroleiramente me admirarás,
displicentemente me desejarás.
E eu aqui por não mais sonhar
permanecerei aos seus pés pedindo-te um sorriso.
Arrisco perguntar: -Quem és?
Me furtei a desejar uma bailarina
de um cubículo musical e esquecido
Afinal, não respondestes minha pergunta.
Descobridamente entendi quem eras,
era não só bailarina, ou mulher, ou sorriso
Eras o pedaço que faltava em meu confuso cotidiano
era o aéreo do meu tino, o aniversário do meu ano.
Eras o elo da poesia,
a harmonia da canção,
era a única serpentina
desse imenso salão.
Pote imenso de alegria,
coisa de aguçado paladar
Que se acende e ascende
até o iluminado iluminar.
Limiar de Júbilos sentimentos,
onde desejo é mais que brisa
Natal é também para odiar
e suar até o carnaval.
Soem todos os cérebros ocos
pois agora estamos juntos.
Somos dois juncos unidos
coisa que defenderei com valentes brados.
Somos feitos um para o outro,
você é mais e eu viés.
Você é cais eu sou convés.
Você é carne e eu sou carnívoro,
acarretadamente as marés
nos molharão os olhos e as bocas,
que salubres se despedirão sem descolar
pois és como vela em funeral requisitado.
És minha, afinal, és a parte que me pertence
e que farei jus até fenecer.
Não és Camila que desejo,
és mulher que preciso.
Um beijo princesa.
Daniel Lellis Siqueira