Ao amigo Aimberê

Mais uma vez o meu amigo Aimberê está levando em consideração o mundo material com primazia. Sei como pode ser difícil para quem tem pouca ou nenhuma percepção do universo espiritual falar sobre ele ou, muitas vezes, até considerá-lo como o princípio da vida. Afinal o mundo material é muito atuante e sua ação é aparentemente concreta, mas observe o que fala hoje a física quântica sobre o nosso pobre mundo material! A matéria é na verdade o resultado do movimento das diminutas partículas chamadas quantum. Essas partículas se movendo à velocidade da luz dão a ilusão de que o espaço percorrido por elas é concreto. Para explicar melhor, eu gosto de um axioma que criei que reza o seguinte: um homem percorrendo um espaço de um quilômetro ida e volta continuamente, na velocidade da luz, vai estar presente concomitantemente em todos os pontos desta reta, formando assim uma ilusão de materialidade neste espaço, mas quando ele parar de fazer este movimento cessa a expressão criada pela animação formada pela sua ação.

Desta forma eu digo que mesmo quando na era dos dinossauros a intenção de Deus era o trabalho com o mundo espiritual. Assim, a terra está para o espírito, da mesma forma como a ponta de um iceberg está para todo o oceano. Analisando-se a ponta da montanha de gelo, pode-se chegar a algumas conclusões sobre a textura da água e a sua composição, mas jamais vai-se poder compreender a magnitude do universo que existe dentro do líquido que sustenta o iceberg naquela posição.

Também respeito a crença dos outros, acho que essa pluralidade de consciência e estado da mesma nos leva a um maior entendimento de nossa própria ciência. E afinal, se pensássemos do mesmo jeito haveria jamais motivo para estarmos confabulando sobre o tema proposto, sendo que estaríamos de acordo com tudo. Precisamos dos diferentes para evoluir. Gosto inclusive da forma direta e objetiva do amigo ao se expressar.