O CÉLEBRE VICENTE CELESTINO.
Na última sexta feira, 04/04. fui convidado para alegrar um grupo de senhoras no clube da amizade, no Edifício Pio XII, BH, RUA ESPIRITO SANTO com AV AUGUSTO DE LIMA, exercitando a minha veia de cantador. O repertório formado por sertanejas de raiz, vinha pronto na (gibeira) e apresentei bem uma dezena de músicas do nosso querido meio rural.
A um dado momento, me foi perguntado se eu cantaria alguma coisa do VICENTE CELESTINO e atendi, na hora dizendo que antes de migrar para o gênero caipira eu havia sido um amante da seresta e sem demora arrisquei o NOITE CHEIA DE ESTRELAS, uma senhora me contou que sua vida foi repassada toda com aquela canção e me pediu outras, tentei voltar ao sertanejo porém novo pedido me motivou a cantar OUVINDO-TE e depois A PATATIVA. o caipira foi rapidamente esquecido e as velhas canções de outros artistas vieram á tona, encerrando a tarde numa volta ao passado daquelas senhoras e um pouco diferente do que motivara a minha ida alí, gratificante na verdade .
Puxei no WIKIPÉDIA alguma coisa deste importante cantor de voz altíssima, (TENOR) nascido ANTÔNIO VICENTE FELIPE CELESTINO em 1894 no Bairro SANTA TEREZA em São Paulo, falecido em 1968 descendente de italianos da CALÁBRIA. nascido de uma família de onze irmãos, sendo seis homens, e trabalhando desde os 8 anos, na vida foi sapateiro, vendedor de peixe e jornaleiro. chegando a ser mais tarde chefe de uma indústria de calçados.
Começou cantando para conhecidos e era fã de CARUSO, antes do teatro, cantava muito em festas. serenatas e chopes cantantes. Estreou cantando profissionalmente a valsa FLOR DO MAL no TEATRO SÃO JOSÉ fez muito sucesso e também entrou no seu primeiro disco vendendo milhares de cópias em 1916 na ODEON, (CASA ÉDSON)
Em 1920, montou uma companhia de operetas mas sem nunca deixar o carnavalesco de lado emplacando sucessos como URUBU SUBIU. rapidamente depois de oportunidades no teatro, alcançou renome, formou companhias de revistas e operetas com atrizes cantoras primeiro com LAÍS ARREDA e depois com CARMEN DORA.
As excursões pelo Brasil lhe renderam muito dinheiro e só fizeram aumentar sua popularidade. Nos anos 20 reinava absoluto com ídolo da canção. Na década de 30, começou a mostrar seus dotes como compositor, resultando em clássicos de seu repertório como O ÉBRIO, sua canção mais lembrada até os dias atuais, inclusive transformada em filme por sua esposa GILDA DE ABREU. Teve uma das mais longas carreiras entre cantores brasileiros. Quando faleceu perto de completar 74 anos no HOTEL NORMANDIE, em SÃO PAULO, estava de saída para um show com CAETANO VELOSO e GILBERTO GIL, que seria gravado para um programa de televisão.
Na fase mecânica fez 28 discos com 52 canções, com a gravação elétrica em 1927, sentiu uma certa inadaptação, quanto ao rendimento técnico logo superada.
Então recomeçariam os sucessos cantados em todo BRASIL.
Em 1935, foi contratado pela RCA VICTOR, sendo esta a partir dai sua única gravadora até o seu falecimento. No total gravou em 78 rotações cerca de 137 discos com 265 músicas mais 10 compactos e 31 LPs sendo incluídas reedições de 78 rotacões,
Tocava piano e violão, sendo o compositor inspirado de muitas de suas criações duas delas dariam tema mais tarde para dlis filmes, o ébrio 1946 e CORAÇÃO MATERNO 1951. neles VICENTE CELESTINO foi dirigido por sua mulher GILDA DE ABREU 1904/1979. CANTORA ESCRITORA ATRIZ E CINEASTA.
VICENTE CELESTINO passaria incólume por todas as fases e modismos mesmo quando no final dos anos 50, fiel ao seu estilo gravou CONCEIÇÃO, CREIO EM TI e SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ. Seu eterno arrebatamento, paixão e inigualável voz de tenor, fizeram com que o povo o elegesse como A VOZ ORGULHO DO BRASIL.
Nunca saiu do BRASIL e manteve sua voz grave que era sua marca registrada independente do estilo musical que estava executando. teve suas músicas regravadas ´por grandfes nomes como CAETANO VELOSO e EVALDO BRAGA. abaixo temos alguns de seus sucessos em mas de 40 anos de carreira ininterrupta;
A LUZ DO LUAR, AI LLOIÔ,(LINDA FLOR) de CANDIDO COSTA E HENRIQUE VOGELER, BENTE-VI, de MELO MORAIS FILHO E EMÍLIO PESTANA. ouvindo-te,
O ÉBRIO, NOITE CHEIA DE ESTRELAS, PATATIVA, CASINHA DA COLINA, GONDOLEIRO DO AMOR, ONTEM AO LUAR. é ouvido com grande interesse pelos amantes da seresta.