ALCEU DE METILENE E ANACREONTE

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Poetas Gregos

 

1. ALCEU DE METILENE

Não se deve entregar o coração a coisas ruins / pois nada lucraremos entristecendo-nos, / ó Baco, e o melhor remédio / é mandar que nos tragam vinho para nos embriagarmos. (Alceu de Metilene)

Alceu de Mitilene foi poeta lírico e político (século VII a.C.). Nasceu em Mitilene, ilha de Lebos, e pertencia a uma família aristocrática. Daí, envolver-se nas lutas político-sociais que, naquela época, ensanguentavam o mundo helênico, em consequência da substituição dos antigos nobres pelos tiranos populares.

Suas obras foram queimadas em 1703 em Constantinopla, no pontificado de Gregório VII, juntamente com a de outros poetas. Por isso, de seus Hinos e Odes, restam-nos só oitenta fragmentos, aproximadamente, dos quais alguns se compõem de duas ou três palavras, e os maiores de vinte linhas.

Alceu criou uma forma de ritmo que trás o seu nome: o verso alcaico (formados por quatro pés e uma cesura).

A Espada e o Poeta (Fragmento. Tradução de Garret)

Eu coroarei de mirto a minha espada,

Como a de Harmódio honrada,

E como a de Aristógiton, o forte,

Que ao sevo tirano deram morte,

E Atenas libertada

Foi à igualdade antiga restaurada.

 

2. ANACREONTE

Anacreonte (575 - 490 a.C.) nasceu na ilha de Teos. Suas obras também foram queimadas em Constantinopla. Anacreonte é basicamente um poeta cortesão, popular e solicitado. Celebra, em canções simples e espirituosas, os prazeres do vinho e do amor com versos festivos e laudatórios. Foi amigo de Pitágoras e segundo autores da antiguidade, era dado ao estudo de filosofia.

Seu estilo poético ficou, posteriormente, conhecido por anacreôntico. As suas odes, canções, elegias, epigramas foram imitadas e traduzidas em todas as línguas cultas. Estienne chegou a publicar, no século XVI, uma extensa coleção de odes "anacreônticas" como obras do próprio Anacreonte. Houve época em que em nenhuma obra poética faltava boa dúzia de pesadas imitações do poeta grego.

Quando veio a reação romântica não se imitou mais Anacreonte, que perdeu parte do prestígio que gozara nos períodos anteriores. A verdade é que o poeta de Teos foi incomparável no seu gênero.

Da sua Lira, in Odes (Fragmento. Trad. A.F. de Castilho)

Adeus grandes homens! Buscai noutra lira

o vosso louvor !

A minha não sabe: não pode; suspira

só cantos de amor. ®Sérgio.

Outros Poetas Gregos : (clique no Link)

Teócrito.

Safo de Lebos.  

Píndaro.

Hesíodo.

Íbico De Régio, O Poeta do Erotismo

Mosco e Bíon.

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Ajudou na composição do texto: O Livro de Ouro da Poesia Universal, seleção Ary de Mesquita. Editora Tecnoprint, 1988. / RIBEIRO JR., W.A. Hesíodo. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. Disponível em: http://greciantiga.org/lit/lit03b.asp.

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