A Conquista da Amazônia Terra do Eldorado

“A Conquista da Amazônia Terra do Eldorado”

Capítulo I

(A Bronca de Berthâ a pesquisa de Diego)

Manaus (AM) 18/02/2008, 13h15 da tarde

Berthâ: Diego!

Diego: Já estou indo mãe!

Berthâ: Diego meu filho, você já fez o seu trabalho do colégio.

Diego: Ainda não, mãe!

Berthâ: Não vai fazer?

Diego: Depois, é que quero corre os belos campos aqui de perto.

Berthâ: Bem, Manaus é realmente bela não é filho.

Diego: Não há no globo terrestre uma vasta e extensa vegetação como Amazônia.

Berthâ: É verdade, mas o senhor está me enrolando, sobre o que é o trabalho.

Diego: É uma pesquisa sobre a Amazônia.

Berthâ: Então eu vou lhe contar sobre a conquista e ocupação de nossa amada terra.

Diego: Mas a senhora, sabe alguma coisa?

Berthâ: Mas é claro, lembre-se que sou filha de descendente indígena.

Diego: Está bem, então comece logo que estou ansioso para saber da história.

Capítulo II

(A Amazônia e sua Vasta Vegetação)

Berthâ: Para começar, a Amazônia possui uma vasta floresta que abriga e abrigava centenas de espécies de animais exóticos e até extintos.

Berthâ: A Amazônia ocupa grande parte do hemisfério setentrional da América do Sul com sua vasta região florestal e hidrográfica.

Diego: Espere mãe!

Berthâ: O que foi?

Diego: Vou buscar meu caderno e minha caneta, pois não posso me esquecer de nada.

Berthâ: Está bem!

Diego: Pronto! Pode continuar!

Berthâ: Estende-se as margens do Oceano Atlântico no leste, até o sopé da Cordilheira dos Andes oeste. Espalha-se pelas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, perfazendo mais de 6 milhões de Km2. Ao sul é abastecida pelos rios que descem o Planalto Central brasileiro e do que vêm da região das Guianas ao Norte e pelos filetes de água gelada que se desprendem da “corcova andina”. Possui 1/5 da água doce do planeta e é explorada em intensa atividade.

Diego: Está bem, mas essa parte, eu já conheço que é um “paraíso verde”.

Capítulo III

(As Primeiras Expedições e a Lenda do Ouro do Eldorado)

Berthâ: Então vamos, para as expedições.

Berthâ: A primeira expedição as terras amazônicas ocorreu por volta de 1500, época em que Cristovão Colombo retornava de viagem as terras americanas. É correto afirmar que o grande rio já era conhecido desde que Vicente Pinzón navegou em sua foz, em1500, chamando-o de Mar Dulce, mas quem organizou a primeira expedição partindo de Quito foi Gonzalo Pizarro, irmão do conquistador do Peru.

Partindo de Quito, em 1541, passando por dificílimos caminhos chegando às cabeceiras do Rio Amazonas. Daí a expedição é prosseguida por Francisco Gonzalo Pizarro.

A lenda do ouro advinha de que a floresta abrigava o El Dorado, uma serra repleta de ouro puro.

O nome Amazonas refere-se a um grupo de belicosas índias que acompanhavam os homens em combate, referindo-se as antigas guerreiras da mitologia grega.

Diego: Espere mãe!

Berthâ: O que foi desta vez?

Diego: Deixa-me ver o pôr-do-sol, eu acho lindo, ele desaparecendo no horizonte e os pássaros fazendo o seu contorno a serra.

Berthâ: Está bem, mas não demore!

Nesse instante Berthâ fica admirando a foto de seu marido Orlando e seu filho mais novo Jeremias, que morreu em um acidente de avião na serra.

Diego: Está chorando mãe!

Berthâ: Não, só estou me lembrando de seu pai e seu irmão que morrerá na serra, naquela tempestade que mais parecia um vendaval.

Berthâ: Mais vamos continuar!

Capítulo IV

(A Importância da Hidrografia em seu Espaço)

Berthâ: Na verdade o relevo e a hidrografia nunca beneficiaram a ocupação espanhola na Amazônias, pois os contrafortes da cordilheira andina e a descoberta da prata de Potosi influenciaram as decisões políticas dos monarcas espanhóis impedindo qualquer abertura no caminho que interviessem no contrabando e os possíveis desvios exercidos pela Coroa.

Berthâ: Em contraposição já os portugueses o relevo e a hidrografia beneficiavam sua expansão. Se por um lado os espanhóis se sentiam ecoados pela posição geográfica o leste e a extensão norte-sul eram privilegiados. Do norte e ao sul se estendem as cabeceiras e os afluentes às duas maiores bacias fluviais quiçá do planeta.

A amazônica e a platina que correm relativamente paralelas em direção ao Atlântico e em direção contrária ao Pacífico. Essas bacias teriam sido o alvo da integração humana ao espaço, pois antes mesmo da chegada dos europeus, índios, bandeirantes, sertanistas, mamelucos e portugueses partiam de vários pontos à canoas de um rio a outro, na região das vertentes dos afluentes dos rios Amazonas e Prata.

__ De repente a campanhia toca:

Berthâ: Ah, não!

Diego: Espere mãe!

Diego: É você Jurema, quanto tempo.

Diego: A minha mãe está me ajudando na pesquisa do colégio. Mas Vamos!

Diego: Entre!

Capítulo V

(A Arara-Azul de Jurema e a Civilização da Amazônia)

Diego: Eu não sabia que você havia ganhado uma arara-azul?

Jurema: Ganhei de presente ontem, do meu pai!

Diego: Legal! Mas é uma espécie extinta não!

Jurema: É sim realmente rara, mais o meu pai já registrou e já pediu uma autorização ao IBAMA e à IMA.

Jurema: Seu nome é Poli!

Diego: Mãe é a Jurema com a sua arara-azul de estimação.

Berthâ: Mais quem é Jurema?

Diego: É uma colega de classe, talvez a senhora, possa contar a história para a mim e para ela, nos ajudará na pesquisa do colégio?

Berthâ: E está arara-azul? Pelo que sei é crime criar um tipo de ave em extinção.

Jurema: É verdade, mas o meu pai já registrou e pediu uma autorização ao IBAMA.

Berthâ: Mesmo assim, não acho correto, você ficar com este animal.

Jurema: É talvez a senhora esteja com a razão.

Jurema: Mas primeiro nos conte mais sobre a “Conquista da Amazônia, terra do Eldorado”.

Berthâ: Está certo!

Berthâ: Se por um lado na cordilheira andina as civilizações eram maia-incáica, do outro lado da cordilheira adentrando os limites da floresta tropical, os povos eram pré-colombianos. (aruak, karib, tupi, guarani, jê e outros) que dominavam e controlavam o território da América do Sul, desde o Orinoco até o Prata.

De repente a campanhia toca novamente.

Capítulo VI

(A Preocupação de Ísis com sua filha Jurema)

Berthâ: De novo! Quem será agora?

Diego: Pode deixar mãe!

Ísis: Oi, eu sou a mãe da Jurema, posso entrar.

Ísis: O tempo estava limpo, agora pouco!

Ísis: Essa tempestade repentina assim, só veio para atrapalhar os nossos planos.

Ísis: Desculpe, a Jurema está?

Berthâ: Quem você está procurando?

Jurema: Mãe!

__ Jurema então dá, um forte abraço caloroso em sua mãe Ísis.

Ísis: Cuidado filha, posso te molhar.

Ísis: A propósito, estou molhando a casa.

Berthâ: Entre! Vamos tomar alguma coisa.

Ísis: Obrigada!

Jurema: A senhorita Berthâ, está ajudando eu e o Diego na pesquisa sobre a Amazônia.

Ísis: Que ótimo!

Diego: É minha mãe é descendente indígena.

Ísis: É estou vendo seus lindos cabelos longos negros.

Ísis: Mas, por favor, Berthâ continue.

Berthâ: Obrigada, tome um cafezinho.

Ísis: E o seu marido?

Ísis: Está trabalhando ele é guarda florestal.

Berthâ: Guarda? E o seu marido, deixou a sua filha ficar com está ave a arara-azul.

Ísis: Bem, a princípio eu também não queria, mas a Jurema insistiu!

Berthâ: Ah! E a sua filha tem querer?

Ísis: Não é bem assim.

Ísis: A ave estava doente e o meu marido se, pois a cuidar dela.

Ísis: Sendo que Jurema teve certa afeição a ela.

Berthâ: Bom, não tenho nada com isso, só acho que é crime ficar com um bicho desses.

Ísis: É verdade, mas já foi registrado e autorizado que nós ficássemos com ela.

Jurema: Mãe, a Berthâ tem razão é crime e eu não posso mais ficar com a Poli.

Ísis: Está bem, a deixaremos livre, mas conte a estória Berthâ.

Berthâ: Venha Diego!

Berthâ: Espero que não sejamos mais interrompidos.

Jurema: Conte logo.

Ísis: Realmente foi um erro termos levado a Poli para casa, mas todo erro é crescimento e fortalecimento de nós seres humanos.

Berthâ: Então, aonde parei?

Capítulo VII

(A Disputa Política e Econômica dos Portugueses e Espanhóis pelas Terras Amazônicas)

Berthâ: Da parte espanhola sabe-se que Vicente Pinzon realizou uma sábia viagem as terras amazônicas em (1499-1500), passando se pelo cabo de Santo Agostinho (Pernambuco), relato este feito por Francisco de Orellana (1540-42) realizada por ordem do governador Gonzalo Pizarro. Partindo da província de Malchifaro ou Maquipáro, Orellana desceu o grande rio até a sua foz, em território português. Relato feito pela primeira expedição do frei dominicano Gaspar de Carvajal, primeiro cronista a descrever a geografia, a orografia e a etnografia dos numerosos grupos indígenas que povoavam o vale do Amazonas em toda sua extensão.

Berthâ: A carta de Diego Nuñes (1553), ao rei de Portugal, D João III afirma ter esse português descido em 1538 o Amazonas desde Peru, acompanhando um mercador espanhol. Que pede autorização a D João III para empreender a nova expedição à região, com a finalidade de conquistar e colonizar aquelas terras de Espanha, em troca das concessões que recebiam os espanhóis de seu rei. Na carta fica claro que Diego relata trechos na província de Maquipáro onde encontra tribos de índios denominados chachapoas, que fabricavam armas e braceletes de ouro.

Diego: Nossa mãe! Não sabia que Diego tinha descrito uma documentação tão importante as terras amazônicas, quando crescer quero ser como ele um historiador que estuda a região e sua ocupação.

Jurema: É mais para isso você tem que estudar muito?

Diego: Mais vale a pena quando se pode fazer o melhor pela nossa nação e região.

Ísis: É isso mesmo continue Berthâ.

Berthâ: As informações de Diego foram comprovadas pelos sertanistas desde a segunda metade do século XVII, quando portugueses e mamelucos, soldados e missionários, partindo do Grão-Pará, desbravaram os afluentes do Amazonas e os sertões desses rios, ampliando o território até o Mato Grosso.

Capítulo VIII

(A Importância das Bandeiras para a Formação da Costa do Brasil Rumo a Amazônia)

Berthâ: Diz se ressaltada por Capistrano de Abreu, a importância das bandeiras que partiam dos vários pontos da costa do Brasil, conquistando o território da hinterlândia: as bandeiras paulistas, que trilhavam desde o planalto vicentino até o Paraná ao Paraguai, ampliando sua viagem até o Mato Grosso, de onde atingiam os limites do território espanhol dos moxo e chiquito (Bolívia), subindo até o rio Guaporé. Desde a segunda metade do século XVII, penetravam o Madeira, o Tapajós e o Araguaia-Tocantins, estabelecendo ligações com o vale do Amazonas. Ou, ainda, penetravam pelos caminhos que ligam o Paraíba ao vale do São Francisco, subindo os sertões em direção ao Parnaíba e o Itapicuru, de onde penetravam até o Piauí e o Maranhão, caminhos que haviam sido conquistados e abertos pelos sertanistas baianos e pernambucanos. As bandeiras que da Bahia saíram para os sertões, realizando o reconhecimento e a conquista das terras do São Francisco ao Parnaíba, ou que subiam até o Maranhão pelo Itapicuru ou, ainda, que pelo São Francisco adentravam-se nos sertões em direção ao Tocantins. Bandeiras que, de Sêrro e Minas Novas (Minas Gerais), adentravam-se na busca do “rio do ouro” segundo Capistrano se refere ainda as bandeiras que, partindo de Pernambuco, desbravaram os caminhos do norte, conquistando a região entre o Capibaribe e a serra de Ibiapaba, traçando a menor distância entre o litoral e os chamados “sertões de fora”, do Piauí e do Maranhão.

Capítulo IX

(A Formação da Miscigenação e a Colonização da Amazônia)

Berthâ: De origem desses três movimentos (sertanistas, paulistas, baianos e pernambucanos) se formou o amálgama daqueles mamelucos que desbravaram os sertões do Maranhão, as águas e florestas do Grão-Pará, ou seja, a Amazônia. Partindo do Grão-Pará, esses sertanistas foram responsáveis pela penetração dos luso-brasileiros através do grande rio, no rumo leste-oeste, daí se espalhando em todas as direções. De Belém, trilhando para o norte e subindo o Javari, ocuparam o território que, de outra maneira, teria sido conquistado pelos franceses advindos da Guiana; seguindo para o oeste, expandiram as fronteiras até o Napo e conquistaram o Solimões. No encontro das águas deste com o Negro, adentraram o rio para o norte, até o vale do rio Branco, de onde mamelucos e missionário portugueses_ primeiro os jesuítas e, depois, os carmelitas_ estabeleciam as primeiras ligações até o Orinoco, sem que encontrassem oposição de povoadores ou de autoridades espanholas. Única exceção, nesse período, a contrariar o avanço português em direção ao noroeste foram os reclamos dos jesuítas espanhóis encarregados das missões dos mayná, como já ocorrera com os jesuítas do sul (as missões de Guarani) e, depois, os dos jesuítas encarregados das missões de moxos e de chiquitos, em território boliviano.

Berthâ: Mestiços foram os bandeirantes e sertanistas que conquistaram o território brasileiro e construíram a raiz das linhagens familiares do Brasil. Porque essa “conquista” foi, sobretudo resultado da intensa mestiçagem que integrou os portugueses no Brasil, transformando-os em “mamelucos” e em mestiços. Refere-se ao amplo sistema de parentesco indígena (o compadrio tupi, semelhante ao cuñadazgo guarani, que permitiram acolher os europeus, suavizando os primeiros contatos. Contato fundamental, que permitiu aproximar os portugueses de seus habitantes e a conhecerem a terra, aprendendo a sobreviver em território hostil, que lhes ensinou os caminhos das matas, das serras e dos rios, e a dominar os segredos da natureza, dos animais e das plantas. Esses tupi, jê, aruak, cunhados e irmão, aliados, servos e soldados foram uma força auxiliar que, armada com seus arcos e flechas, se mostrariam indispensável à conquista e à defesa do território, tornando possível a dominação e ocupação definitiva.

Ísis: Bom filha acho que já vou afinal de contas a tempestade já passou.

Jurema: Calma mãe! Já está terminado não está senhora Berthâ.

Berthâ: Quase meu anjo mais ainda falta alguns detalhes.

Ísis: Está vendo!

Diego: Se a senhora quiser ir, depois eu levo a Jurema.

Jurema: É mãe e está pesquisa está ficando ótima vale à pena esperar.

Ísis: Está bem e não se esqueça de levar a Poli.

Jurema: Sim pode deixar!

Berthâ: Os estudos de Arthur Cézar Ferreira Reis ressaltam que a ocupação da fronteira norte e sua inflexão no rumo leste-oeste ligam-se definitivamente ao núcleo da colonização de Pernambuco. Assim como São Paulo de Piratininga foi o núcleo de irradiação da colonização para o sul e para Minas Gerais, a vila de Olinda foi o principal ponto de partida e de apoio à irradiação da penetração portuguesa no litoral setentrional até o Maranhão, se expandindo através da posse do Grão-Pará_ expansão que adquiriu relevância, sobretudo entre 1580 e 1616, data da expulsão dos franceses e incorporação definitiva desses territórios à coroa de Portugal.

Capítulo X

(A Ocupação e Colonização dos Franceses nas Terras Amazônicas)

Berthâ: Os franceses, conscientes das riquezas representadas pelo pau-brasil e pelas especiarias dos sertões, desejavam assegurar-se as terras americanas pertencentes a Portugal. Conter suas investidas havia sido preocupação de D. João III e seus sucessores. Em 1574, pouco antes da união das coroas ibéricas, Frutuoso Barbosa, rico morador de Pernambuco, encarregou-se da missão de apaziguar os potiguara e tabajara da Paraíba, que mantinham relações com os franceses. Em 1580, somente, se obteve sucesso, graças ao auxílio prestado por Diego Flores Valdez, capitão espanhol que se dirigia ao rio da Prata, aportando em Pernambuco. Provados por essas jornadas, na década seguinte Manuel Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, filho mestiço do grande Jerônimo de Albuquerque e “língua” influente, completavam a conquista do litoral norte, elevando em 1598 o forte dos Três Reis Magos, futuro núcleo de Natal, na entrada do rio Potengi.

Berthâ: Em 1603, Pero Coelho de Sousa, em busca de resgate índio, penetrava o vale do Jaguaribe e os sertões da serra de Ibiapaba, jurisdição da capitania de Pernambuco, dominada pelos caeté. Porém, somente em 1608 Martim Soares Moreno, sobrevivente da malograda expedição de Pero Coelho, abriria a região onde, com auxílio do seu sogro, Jacuúna, principal dos caeté de Jaguaribe, elevara o forte de Nossa Senhora do Amparo. Esse forte foi por muito tempo o arraial e ponto mais avançado do interior em direção ao Maranhão, linha direta para os reforços de soldados e de sertanistas que, por terra, desde Pernambuco, estabeleciam os contatos com aquela capitania

Capítulo XI

(A Expulsão dos Franceses e Holandeses das Terras da Amazônica)

Berthâ: Eram então os extremos da costa setentrional freqüentados por franceses e holandeses, que comerciavam com as tribos locais. Desde 1612, porém, os franceses fariam nova e mais perigosa investida de fixação no Brasil. Aliados ao tupinambá e liderados por Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, tentavam fixar uma colônia na ilha do Maranhão (São Luís). As notícias chegavam aos ouvidos de Madri e já em 1613 Felipe III ordenava ao novo governador do Brasil, Gaspar de Sousa, estabelecer residência em Olinda, de onde melhor poderia acompanhar e comandar as iniciativas destinadas a expulsar quaisquer invasores, especialmente os franceses, e prosseguir na descoberta e conquista daquelas “terras do rio das Amazonas”. Em 1614, Jerônimo de Albuquerque era nomeado pelo governador capitão-geral, encarregado da expulsão dos franceses, tendo Diego Soares Moreno, parente de Martim Soares, como lugar-tenente. Breve chegaram os auxílios do forte de N.Sra. do Amparo, trazidos por Soares Moreno, Jacuúna e seus índios, enquanto do Rio Grande do Norte seu irmão, Felipe Camarão, subia com a sua gente. Auxiliado por eles, Martim Soares levantaria o forte de N. Sra. do Rosário, no litoral conhecido por Buraco das Tartarugas (Jericoacoara), Ceará, ponto mais próximo da ilha grande do Maranhão e de fortaleza dos franceses. Derrotados e rendidos finalmente em novembro de 1614, somente em 1615 La Ravardière entregaria o forte da ilha de São Luiz ao comandante Alexandre Moura, recém-chegado de Pernambuco com reforços militares.

Berthâ: Esses acontecimentos, é que na verdade são essenciais para compreensão da ocupação da região norte, do vale e da hinterlândia amazônica, pois a expulsão dos franceses é o verdadeiro marco da conquista do litoral, sentido leste-oeste, e do início da ocupação do Grão-Pará. Nesse sentido algumas considerações merecem ser colocadas. Da parte de Madri, desviadas as atenções para o controle das riquezas de Potosi, que financiavam a política expansionista espanhola na Europa, os monarcas pouco se preocuparam com defesa das extremidades dos seus territórios na América do Sul. Segundo Ab Saber, o litoral amazônico, na posição equatorial e subequatorial, estende-se por aproximadamente 1.850 quilômetros, por setores do Amapá, Pará e Maranhão. De acordo com Tordesilhas, porém, os domínios herdados por Espanha de Portugal na extremidade norte, a partir do cabo Norte, reduziam-se a uma estreita nesga de terra até o delta do Amazonas. Felizmente, o mesmo não pensavam as autoridades de Portugal e os povoadores do Brasil, e dessa ação resultariam os esforços que conduziram à bem-sucedida campanha contra os franceses e, depois, à ocupação do Grão-Pará.

Diego: Como está ficando a sua pesquisa sobre “A Conquista da Amazônia Terra do Eldorado?

Jurema: Está ficando ótima ainda mais sabendo que a Amazônia é um “Vale Escondido do Ouro”.

Berthâ: É realmente a Amazônia esconde grandes mistérios sobre sua ocupação, colonização e vasta vegetação.

Jurema: E a sua pesquisa como está?

Diego: Com todos os seus relatos, historiadores e descoberta da civilização da Amazônia.

Berthâ: Gaspar de Sousa, por ordem do vice-rei de Portugal, ao nomear Alexandre Moura comandante da conquista, concedia a seu regimento poderes para que “se fizesse a jornada do gram Pará e Rio das amazonas, e se botassem delles os estrangeiros que aly residen”. Em cumprimento a essas ordens, em 13 de dezembro de 1615 Moura nomeava Jerônimo de Albuquerque capitão-mor do Maranhão, com a responsabilidade de concretizar a colonização portuguesa na região, e Francisco Caldeira de Castelo Branco capitão-mor do Grão-Pará, dotado de regimento especial de Gaspar de Sousa, que lhe concedia autoridade suficiente para descobrir, conquistar e colonizar do Amazonas até o cabo Norte.

Berthâ: A conquista da costa leste-oeste estava quase encerrada. Seu capítulo final, porém, ia ser escrito mais adiante, no vale amazônico, onde outros estrangeiros começavam a instalar-se e até onde chegara a bisbilhotice geográfica de La Ravardière e sua gente. A conquista da costa leste-oeste processava-se evidentemente dentro do meridiano tordesilhano, segundo o ponto de vista português.

Berthâ: Em 25 de dezembro de 1615, Castelo Branco saía do forte de São Luiz, agora forte de São Filipe, em direção ao delta do Amazonas e, em janeiro de 1616, entrava o largo estuário do delta amazônico. Evitando ao norte a famosa Boca do Dragão, formada pela confluência das águas dos rios Pará e Tocantins, dirigiram-se ao sul, adentrando a baía de Guajará, formada pela foz dos rios Guamá, Maju e Acará, e iniciando na terra firme do território tupinambá a construção da paliçada da Casa Forte de Presépio (futura cidade de N. Sra. de Belém). Entre outros importantes sertanistas que se destacaram na conquista da região, acompanhava Castelo Branco o piloto Antônio Vicente Cochado, a quem se deve o mapeamento da costa do Maranhão ao Grão-Pará, e um jovem alferes que iria se destacar na conquista do vale do Amazonas, Pedro Teixeira. Além do perigo do enfrentamento com os tupinambá, que logo reagiram à presença dos luso-brasileiros. Castelo Branco teve de enfrentar o perigo holandês e inglês, que progressivamente instalava colônias e feitorias, penetrando desde a Guiana pelos rios amazônicos.

Capítulo XII

(Os Fatores que Contribuíram para a Expansão das Fronteiras Amazônicas)

Berthâ: Três fatores importam na compreensão da expansão das fronteiras portuguesas pela vastidão amazônica, que determinou a entrada definitiva dos mamelucos do Brasil e levou os lusitanos a ultrapassar os limites estabelecidos por Tordesilhas, incorporando definitivamente a Amazônia ao estado brasileiro. O primeiro fator é a realidade geográfica, expressa no mito da ilha Brasil e que diz respeito às raízes geográficas da expansão.

Berthâ: O segundo fator é, porém, menos conhecido dos historiadores brasileiros. Trata-se do regime dos ventos e das correntes marítimas, essenciais para a compreensão das possibilidades das navegações na época. Eles são explicativos também para maior desenvolvimento comercial das capitanias do nordeste meridional, sobretudo Pernambuco, pois graças aos ventos era possível realizar a viagem entre Lisboa e Olinda-Recife em apenas quatro meses, dependendo da época do ano. Porém, poucos são os estudos que consideraram a importância desse fenômeno na reorganização administrativa do Brasil colonial e que provocou, desde 1621, a separação das capitanias do Maranhão e do Grão-Pará do Estado do Brasil.

Berthâ: De fato, o regime eólico explica a maior independência de que, desde o início da ocupação, gozaram as autoridades coloniais do Maranhão e do Grão-Pará em relação ao governador-geral do Brasil, pela facilidade de comunicação direta mais rápida com Lisboa do que com Salvador. No entanto, pilotos e navegadores que cruzavam a linha do Equador, viajando pelo Atlântico com destino às capitanias do norte do Brasil ou para as Antilhas, sabiam que o bom êxito da travessia dependia fundamentalmente das correntes desses ventos. Ultrapassada a linha do Equador, os alísios sopram na direção leste-oeste e do mar para terra, facilitando ou impedindo a travessia das naus. Uma observação mais atenta da carta do litoral setentrional brasileiro indica uma maior inflexão do litoral a partir de Jericoacoara (Ceará), recusando-se os ventos a facilitar a ultrapassagem e virada das naus com destino às capitanias de abaixo. Esse fenômeno, responsável pela mudança climática indicada por Ab Saber em seu estudo do litoral maranhense, desde cedo foi conhecido dos pilotos portugueses, que temiam a inflexão para o Rio Grande do Norte, conduzindo as naus com maior rapidez da baía do Maranhão para Lisboa do que para Olinda e Recife ou Salvador. Constatara o perigo Martim Soares Moreno, quando ao tentar regressar do Maranhão, para onde se dirigira em missão de espionagem ao forte dos franceses, por ordem de Jerônimo de Albuquerque, seu navio não pode regressar para o forte de Jericoacoara, tendo sido inúteis todos os esforços dos pilotos para dominar as monções dos alísios. Southey relata o fato: Tinha este descoberta a colônia [dos franceses], e reconhecida bem a sua força, procurado voltar contra a moção. Coisa é esta quase impossível; tão constantes sopram os ventos em sentido oposto, que uma brisa do Maranhão para Pernambuco se olha para assim dizer como milagrosa. Perdido na tentativa um mastro, teve afinal de demandar a Espanha, como o caminho mais curto para casa; dali despachou desde logo o piloto, com a notícia para o Brasil, e foi ele mesmo expor o caso ao ministro em Madri.

Berthâ: Anos depois, o padre Vieira comprovaria o fenômeno, quando o navio em que regressava para Pernambuco foi obrigado a se deter no Ceará e ele, impossibilitado de seguir viagem, teve de regressar a São Luiz

Berthâ: Por seu lado, o caminho pelo interior das terras demonstrava também ser perigoso, devido à presença belicosa de grupos indígenas, que por muitos anos ainda resistiram aos portugueses, talvez em decorrência dos incertos períodos de estiagem, que tornavam penosas as travessias das terras mais secas do Piauí, Ceará e Pernambuco. Daí o motivo da maior independência de que gozaram, desde o início, os capitães-gerais e governadores do Maranhão e do Grão-Pará, cujos regimentos lhes davam amplos poderes, inclusive militar.

Berthâ: Porém, no caso da Amazônia, os alísios foram aliados dos sertanistas, que graças às monções podiam subir com facilidade os rios da região (os ventos) e descer (as correntes), que especial o grande rio dos tupis (rio Pará), como logo constatariam os pilotos da expedição de Pedro Teixeira, que subiram o curso do rio em direção às terras do Peru. Nesse sentido, apesar de os espanhóis reivindicarem a primazia da viagem de descobrimento de Francisco de Orellana, ao longo do curso do rio das Amazonas, coube a Pedro Teixeira realizar a primeira viagem oficial de descobrimento que subiu e desceu o longo curso desse rio, do estuário quase às nascentes, nas duas direções, reconhecendo os deltas de todos os seus grandes afluentes, levantando assim a primeira carta correta do curso do grande rio.

Berthâ: O terceiro e último fator é de caráter político.

Berthâ: Após a malograda tentativa de colonização do vale da Amazônia, pelo adelantado Francisco de Orellana (1551-55), e das desventuras sofridas por Gonzalo Pizarro e seus comandados a partir da Província de Maquipáro, tanto Carlos V como Felipe II tentaram inutilmente despertar o interesse dos espanhóis para a ocupação desses territórios. Nesse ciclo se inserem as doações com as quais os monarcas tentaram atrair alguns destacados soldados da conquista do Peru. De acordo com o historiador argentino Enrique de Gandia, citado por Ferreira Reis, as doações foram as seguintes. No século XVI: Vicente Yañez Pinzon (1501), Diego de Ordaz (1530), Francisco de Orellana (1551), Jerônimo de Aguayo (1552), Diego de Vargas (1554), Juan Despes (1563), Hernandez de Serpa e Pedro Molaver da Silva (1568), Juan Ortiz Zarate (1569) e Antônio de Berrio (1585); no século XVII: Hernando de Oruna y la Hoz (1601) e Pedro de Betranilla (1604).

Berthâ: Nenhum desses conquistadores, entretanto, parece ter querido se aventurar a perder recursos e vida na difícil empreitada. Alegavam os enormes esforços que se faziam necessários, sobretudo diante da possibilidade de obterem riqueza, mais fácil no Peru ou em Nova Granada, ainda mais após o descobrimento do verdadeiro Eldorado, representado pelo cerro de Potosi. Já nessa ocasião a cordilheira prendia os conquistadores, revelando ser ela, de fato, a verdadeira fronteira que separaria os territórios das duas coroas.

Berthâ: Entretanto, no século XVI e na primeira metade do século XVII, a ocupação pelos espanhóis do vale do Amazonas não ultrapassou as regiões mais próximas da cidade de Quito, na antiga província de Maquipáro, próxima às regiões dos rios Napo e Javari__ as chamadas províncias dos iquitos, omáguas e pebas. A partir, porém, da segunda metade do século XVII, o povoamento português já se assenhoreava de quase todo vale amazônico, ocupando o caminho aberto por Pedro Teixeira, que em 1639 tomara posse da região para Portugal, em nome do rei de Espanha, balizando a linha de fronteiras entre as duas nações. Pouco depois da Revolução de 1640, porém, Felipe IV preferiu confirmar as doações feitas por ele aos portugueses e também as anteriores, feitas por seu pai, desde 1621. Assim, antes do final do século, sertanistas, soldados e missionários portugueses percorriam livremente o vale do Amazonas e ocupavam as suas margens e as de seus afluentes mais próximos no grande delta, atingindo o rio Negro desde 1656. Em 1669, Francisco da Mota Falcão consolidava a ocupação do Negro, elevando o forte de S. José do Rio Negro (núcleo inicial da cidade de Manaus), junto à confluência das águas deste rio com o Solimões.

Berthâ: Nada impedirá os sertanistas, nesse sentido, é revelador que desde o século XVII a coroa de Espanha já preferia relegar aos missionários franciscanos e, depois, aos jesuítas e aos seus índios missioneiros, a missão de guardiões das fronteiras e a defesa dos territórios periféricos mais extremos, demonstrando desinteresse pelo vale e suas regiões silvícolas. A verdade é que, se alguma resistência houve da parte de Espanha, coube aos jesuítas e seus neófitos o único empenho pela defesa dessas fronteiras, impedindo a maior penetração dos brasileiros tanto nas regiões sul e oeste (as missões de Guarani, Moxo e Chiquito) como na região norte (missões de Mayná). Expulsos os jesuítas no século XVIII, por ordem do mesmo governo de Espanha, progressivamente as autoridades espanholas foram abandonando as áreas amazônicas__ o que pode ser largamente constatado pelos engenheiros brasileiros que no século XIX demarcaram as fronteiras oeste do Brasil. E quando, afinal, em 1892, o governo boliviano patrocinou uma expedição de redescobrimento às regiões silvícolas dos rios Beni e Inambari, até Madre di Dios, liderada por José Manuel Pando, futuro presidente da Bolívia, constatou que a área já estava ocupada por seringueiros brasileiros e passou a alegar o descobrimento da importância econômica de um território que, entretanto, fora ocupado por brasileiros e vendido ao Brasil desde 1867.

Berthâ: Porém, no início do século XVII, desviados os interesses dos espanhóis do vale do grande rio, os monarcas não hesitaram em entregar os capitães portugueses a responsabilidade pela vigilância, ocupação e colonização daquela região. A verdade é que bucaneiros, mercadores e colonos franceses, holandeses, ingleses e irlandeses já disputavam o acesso àquelas áreas, aproveitando-se da imensa costa desprotegida do território espanhol e dos poucos recursos disponíveis às autoridades coloniais para a defesa dessas regiões periféricas. Portanto, apesar dos alertas recebidos de funcionários reais e de missionários que melhor conheciam a região, pareceu natural ao rei de Espanha entregar aos súditos portugueses a responsabilidade pela vigilância e o controle da vastidão das terras penetradas pelo grande rio das Amazonas e seus afluentes, cuja posse dos limites Pedro Teixeira fixara, em 1639, lavrando ata diante de testemunhas espanholas e portuguesas, conforme transcrição de Ferreira Reis.

Berthâ: Segundo ele tomava das ditas terras, e sítio em nome de El Rey Felippe IV nosso Senhor pela Coroa de Portugal, se havia quem a dita posse contradissesse ou tivesse embargo, que lhe pôr que alli estava o Escrivão da dita jornada, e descobrimento, que lhes receberia; por quanto alli vinhão Religiosos da Companhia de Jesus por ordem da Real Audiência de Quito; e porque He terra remota, e povoada de muitos Índios, não houve por elles, nem por outrem, quem lhe contradissesse a dita pose.

Berthâ: No século XVIII, o Tratado de Madri (1750) somente daria razão aos sertanistas, representando o grande passo para a consolidação, embora ainda não definitiva, dos limites territoriais do estado do Brasil.

Capítulo XIII

(O Relato da Amazônia Segundo Cortesão e o Rio do Ouro do Eldorado)

Jurema: Dona Berthâ ainda falta muito?

Berthâ: Claro que não meu amor está quase terminando.

Diego: Nossa realmente a Amazônia tem grandes histórias para se contar.

Berthâ: É verdade então segundo Cortesão, apenas em 1618 novo documento indicaria maiores conhecimentos geográfico acerca do rio Amazonas. Trata-se do Memorial de Simão Estácio da Silva, dirigido ao rei de Espanha, intitulado Intentos da jornada ao Pará, do qual transcreve alguns fragmentos em Raposo Tavares e a formação territorial do Brasil: “Este rio Pará, a que chamamos das Amazonas, tem dois nascimentos, um do rio Orellana... nasce em Quito e serras do novo reino de Granada; outro, que chamam do Maranhão... nasce um pouco ao norte do Serro de Potosi, nas terras do Peru... e correndo mais de 700 léguas ao nordeste... se ajunta com o de Orellana, mais de 400 léguas antes de entrar no mar”.

Berthâ: A busca do “rio do Ouro” surge após o retorno da viagem de Pedro Teixeira (1636-39) desde a governação de Quito (vice-reino do Peru), divulgado pela publicação do Novo descobrimento do grande rio do Amazonas..., do jesuíta Cristovão de Acuña, em que este indica haver a expedição encontrado, pouco abaixo do rio Yurua (Japurá), aldeias de índios que portavam “pequenos brincos de ouro”. (Figueroa, Acuña et alli. 1986). Na imaginação popular, a busca do rio de ouro unira-se à lenda da existência do lago Dourado, procurado durante dois séculos pelos espanhóis. Comenta Ferreira Reis que se o rio Dourado não foi encontrado, a abundância do ouro de aluvião encontrado às margens dos afluentes do Amazonas serviu para compensar essas jornadas.

Capítulo XIV

(O Destino Incerto da Amazônia o Pulmão da Terra)

Diego: Bem mãe embora a Amazônia seja muito rica em extensão, hidrografia ela está sendo ameaçada pelo próprio homem não é verdade?

Berthâ: É sim meu filho a Amazônia está correndo grandes riscos pela ação humana.

Jurema: E isso tem reversão senhora Berthâ, ou seja, será que a Amazônia nosso pulmão pode ser salvo ou se tornará um deserto?

Berthâ: Bem essa é uma resposta incerta, pois ela está em nossas mãos.

Diego: É Jurema, isso é uma questão de conscientização humana.

Berthâ: Continuando devido à inacessibilidade, insalubridade e as dificuldades para explorá-la economicamente, a Amazônia é uma das áreas mais subpovoadas do globo.

Berthâ: Diversos governos, brasileiros e vizinhos, até hoje procuram integrar-la promovendo sua ocupação, tanto por garimpeiros, por extrativistas, por sertanejos, criadores de gado ou empresas de mineração. O resultado disso são as intensas queimadas, ou coivaras, antigo método indígena de limpar o terreno para lavoura. Do Mato Grosso à Roraima a fumaça toma conta dos ares e, por vezes, escapa completamente ao controle. Este é um dos temores do ecólogo Robert Goodland e do botânico Howard Irwin de que “inferno verde torne-se um deserto vermelho”, segundo seus livros.

Berthâ: O destino da Amazônia- “pulmão do mundo”- portanto, têm preocupado as mais diversas instituições, tanto a ONU como as organizações não-governamentais ambientalistas, que temem a qualquer hora um desastre irreversível. O governo brasileiro sofre pressões de todos os lados para tentar coibir a ocupação predatória, ao mesmo tempo em que é politicamente constrangido pelos interesses internos a que propicie vantagens, isenções e benefícios a grupos, empresas ou classes, para acelerar a sua exploração econômica. Nesta tensão entre os apelos internacionais e satisfação das necessidades locais de crescimento, Brasília vai alternando, nos anos, suas políticas para a região.

Berthâ: Bom acho que já está tarde, e também já ficou bem explicado A Conquista da Amazônia Terra do Eldorado.

Capítulo XV

(A Lição e Aprendizado de Jurema)

Jurema: Bem Diego você vai comigo até em casa?

Diego: Vamos e a Poli?

Jurema: Assim não quero ficar mais com uma espécie sagrada e extinta a arara-azul em casa afinal, vou levá-la e dar a liberdade a ela e preservar a natureza.

Jurema: Nossa amada mãe natureza.

Berthâ: Faz muito bem Jurema.

Jurema: Boa noite senhora Berthâ, e obrigada pela ajuda na pesquisa.

Berthâ: Imagine, além do mais é sempre bom saber a história e civilização de “Nossa Amada Pátria”.

Diego: Também aprendi muito mãe, a localização, ocupação, expansão e toda a parte histórica da Amazônia e sobre “A lenda do Eldorado”. Busca de riquezas nas terras amazônicas.

Jurema: Sua maior riqueza é as florestas, hidrografia e localização geográfica.

Berthâ: Sim e está encontra-se em risco?

Diego: Por nós mesmo, não é mãe?

Berthâ: Bem mais agora leve a Jurema em casa como a sua mãe lhe pediu.

Diego: Sim vamos Jurema?

Capítulo XVI

(A Liberdade e Conscientização Humana)

Jurema: Sua mãe é super legal.

Diego: É sim, “Filha das Amazonas”.

Jurema: Bom vamos até a floresta Diego, quero liberta a Poli a fazê-la mais feliz.

Diego: Agora, está tarde?

Jurema: É rápido, vamos?

Diego: Vamos então?

__E assim Diego e Jurema vão até a Floresta com o intuito de libertar e preservar a natureza fonte de nossa existência.

Jurema: Adeus minha amada Poli seja feliz no seu habitat e reencontre a sua família.

__ Jurema aperta a Arara-Azul como forma de carinho, a beija e logo em seguida à solta.

Diego: Veja Jurema, ela está subindo mansidão dos céus em direção as árvores e a da “Mãe floresta dona de toda riqueza, pureza e existência humana”.

Diego: Está chorando Jurema?

Jurema: Sim havia me apegado a ela, desde quando apareceu em minha casa, meu pai e minha mãe trataram dela e eu quando estava ferida.

Jurema: Bom mais agora deixa, vamos foi melhor assim.

__E assim Diego e Jurema retornam para suas casas.

Diego: Mãe eu e a Jurema fomos até a floresta daqui de perto e damos a liberdade a Arara-Azul, agora ela deve está com sua família e melhor muito mais feliz.

Berthâ: Sim com certeza e agora vai para cama mais diga esse dia foi inesquecível não filho?

Diego: Sim mãe, uma lição de como preserva a natureza e aprender com ela a amá-la.

Diego: Sem contar na fantástica e fabulosa história da Conquista da Amazônia, Terra do Eldorado.

Berthâ: Durma bem meu anjo!

Berthâ: Você também mamãe!

___ E assim como aprendemos a conservar e preservar o meio ambiente buscamos a origem do nome “Amazônia”, sua conquista, localização, vegetação, hidrografia e ressaltamos que a lenda do Ouro advinha dos historiadores e primeiros explorados da área. O risco que os ambientalistas, órgãos e governo enfrentam na reversão da Amazônia com a exploração e queimadas para sua ocupação, poluição dos rios com produtos tóxicos e gases poluentes. Terra essa aperfeiçoada e pura pelos nativos índios e explorada de forma intensiva, irônica e errada.

Fim

(Adaptação Douglas Paiva)

Douglas Paiva
Enviado por Douglas Paiva em 24/02/2008
Reeditado em 21/12/2009
Código do texto: T873709
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