Derrisão
Um poema mais confessional e introspectivo do meu livro sobre política, Platoaria.
Ó ventre esquizofrênico
Custei-me a ti, alimentar de tanta derrisão
Sem saber que herdaria por remendos
No ninho da serpente, a poesia da expiação
Ó ventre esquizofrênico
Custear de ti, meses de compaixão
Sabendo que a tua prole, não querendo
Germinaria a mesma pré-frontal sofridão
Creio sim, que minha vida é fatal castigo
De que riam os zombeteiros
E a risperidona pôs em mim seios
Por ginecomastia
Peço aos céus que ordenhem rochas
E façam a mais bela melodia, Coda
Num piano em meu funeral
Que meu poema seja a lembrança,
Antipática de quem viveu como pôde, afinal