Ser diferente
É complicado ser diferente numa sociedade uniformizada.
Crianças com alguma dificuldade, sofrem primeiro na sua familia, porque em geral, eles não aceitam por medo do reflexo na sociedade, então temos pais apaixonados por suas filhas, que num belo dia ao descobrir que sua princesinha engravidou ainda muito jovem, eles a levam ao inferno, as obriga a cometer um crime contra aquele ser inocente ainda no ventre, se essa menina se enche de coragem e enfrenta a todos, passado o momento do escândalo inicial, esses mesmos pais passam a amar aquele ser.
Mães que grávidas são abandonadas por seus maridos, no momento em que se vê sem trabalho, sem apoio familiar, olha para seu filho totalmente dependente dela, ela respira fundo e segue fazendo a maior força para se manter viva e cuidar do seu fruto, ao longo dos anos essas mulheres sempre vencem, mesmo errando, seu nivel de acerto é sempre maior, as vezes os seus filhos não se dão conta da importância dessa mulher em sua vida, mas ela segue com sua força interior inflada.
A moda é uma prisão, nos anos oitenta, os jovens descolados, vestiam Yes Brasil, Company... tinha gente que vivia para pagar seus cartões de crédito, para se vestirem, com elas, quem não ligava para isso, era taxado de alguém que não merecia entrar no grupo social.
Nas escolas se fala muito do respeito as diferenças, mas o grupo de professores não suporta aquele professor que vive na dele, no seu canto nos momentos de reunião, num transporte, ou até nas reuniões internas, eles não entendem que a criança diferente como aluno, cresce e pode se tornar um professor diferente, então porque não respeitar esse colega?
Ditadura do corpo, como um homem adulto tem a coragem de chegar para uma jovem adolescente e dizer: - Que peito caído é esse? Como pode está assim nessa idade? A menina fica muda, sem saber o que responder.
Como um homem adulto pode chegar para uma colega de trabalho pode dizer: Porque você não raspa os pelos da sua perna? Parece uma taturana. A mulher adulta caga e anda para esse comentário babaca, Quem deu a essas pessoas o direito de se incomodar com o que incomodada nos corpos alheios? Em geral das mulheres.
O comportamento de manada é a Máxima nas sociedades do mundo, os diferentes sempre foram a mola propulsora para o desenvolvimento social, todas pagaram caro por terem nascido assim, muitos perderam a vida apenas por terem tido pensamentos diferentes.
As religiões em nome de um Deus bem ruim, mataram, perseguiram, roubaram, escravizaram e até hoje ninguém ousa questionar esse Deus cheio de poderes, que não fez nada.
O planeta é diferente no meio social solar, pelo menos a primeira vista, essa diferença nos permite existir.
Vejo as pessoas diferentes como seres que ajudam ao seu entorno, nem que seja apenas na visão de que o seu eu não é único, e ser igual a você ou ao seu gosto não é a única opção, o outro existe, se te incomoda é um problema seu, resolva-o em você ou viva reclamando.
As diferenças sempre existiram e vão continuar a existir.
Ser feliz é aprender a entender isso.
Quando deixamos de lado a visão turva do preconceito e passamos a olhar o outro com afeto, nos damos conta do quanto belo é o diferente, do quanto podemos aprender e ensinar e crescer junto com eles.
VIVA A DIFERENÇA!