silêncios ocultos

Eu não tinha mais o que falar.

não tinha sonhos.

e nem os silêncios

que me eram raros.

fui, o meu

meu primeiro herói;

os barracos que eu desenhei,

vivi em meus negros papéis;

eu sou o meu silencio inspirador.

Derramei os meus silêncios,

pelos lugares

que nem as músicas não chegam;

em mim.

E quando isso é vida, eu também sei.

Calmaria que antecede a explosão.

Guerra fria, mente e coração,

armados e prudentes.

alho, musica, vinho.

Taça gelada de cerveja, cores.

acaso, um corpo

que precisa da sua leveza,

mesmo que a noite seja apática,

a todos os seus sentimentos.

Amor, em pele negra

coisa de menina que sabe.

amor é coisa

que estende a voz ,

o cabelo o olhar,

e o silêncio também.

(Edmilson Cunha)

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Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 15/11/2024
Código do texto: T8197075
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