Biografia de Maria Cândida Lopes (Maroca)
BIOGRAFIA DE MARIA CÂNDIDA LOPES (MAROCA)
(Minha querida e saudosa avó)
Insisto sobre a importância de se registrar em tempo hábil a passagem das pessoas e a reconstrução de suas memórias.
Maria Cândida Lopes nasceu em 28 de julho de 1899, na Fazenda Pernambuco, a 10 quilômetros de Buritis-MG. Era filha de Cândido José Lopes e de Ana Josefina de Queiroz, tendo como irmãos: Ana Josefina Lopes (Cota), Antonino Cândido Lopes, Hemetério Cândido Lopes, José Antônio Lopes (Zé Lopes), Hemetéria Josefina Lopes e Cândido José Lopes Filho (Candocha), além de outra irmã de nome Inês Alexandrina Lopes, do primeiro casamento de seu pai, chamada carinhosamente pelos irmãos do segundo casamento de "Dadá Inês".
Maria Cândida Lopes era uma mulher letrada, com uma escrita linda e irretocável, tendo realizado seus estudos em regime de internato em Colégio de Freiras, na cidade de Formosa (Goiás).
Aos 17 anos contraiu núpcias com Marinho Ferreira do Prado, seu primo de primeiro grau, passando a residir na Fazenda Barriguda, na margem direita do córrego Rabicho, a 30 quilômetros de Buritis.
No dia 19 de de julho de 1917 nasce o único filho Raimundo Ferreira do Prado. Em 1933, o marido falece repentinamente, ficando com o filho ainda menor e no dever de assumir a direção da Fazenda e dos negócios. Em 1941, passa a residir em Buritis.
Entre 1958 a 1970, Maria Cândida Lopes teve um papel de mãe e de pai na criação e educação dos cinco netos, com a morte prematura dos pais em 1958 e 1959.
Finalmente, em 1977, passa a residir em Brasília, com a neta Ornelina Ferreira do Prado, recebendo a melhor atenção e carinho. Quando completou 90 anos, foi homenageada por um grupo de amigos, que viajou num ônibus fretado de Buritis a Brasília, para cumprimentar a aniversariante. Entre eles, estava um de seus sobrinhos Elizeu Nadir José Lopes, na época prefeito de Buritis.
Mulher de pulso firme, sensível e temente a Deus, era devota de Santa Rita de Cássia.
Em abril de 1991, morando em Brasília, recebeu a visita do escritor de Buritis Oscar Reis Durães, e através dele mandou o seguinte recado: "Diga à minha família em Buritis, que sinto que em breve deixarei este mundo". A frase soou forte e foi constar no livro Raízes e Culturas de Buritis no Sertão Urucuiano, do referido autor.
Por fim, veio a falecer em Brasília, no dia 22 de maio de 1993, pouco antes de completar 94 anos, deixando uma extensa família, centenas de amigos e admiradores. A seu pedido, foi sepultada no cemitério de Buritis.