EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (VI)

EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE

(LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (VI)

PENSO, LOGO (não) desisto. Imagino que se pesquisarmos nossos antepassados mais distantes, a exemplo da Lucy Australopiteco de 3,2 milhões de anos, teríamos, com certeza, uma evidência visionária, um Insider sobre Lucy, mãe de toda a espécie humana. Lucy, se bem raciocinarmos, tem suas cinzas ainda a influenciar a mulher do século XXI, no que equivale dizer que ela influenciou as mulheres dos séculos passados.

A CULTURA e a civilização humanas foram construídas sobre o mausoléu dessa fêmea primata que os antropólogos encontraram em 1974, na região de Afar, norte da Etiópia. Possuía 3,3 pés de altura ou um metro, um rosto semelhante ao de um macaco, um cérebro com 1/3 do tamanho de um primata humano de hoje. Análises de sua ossada feitas por duas décadas, sugerem que ela e os de sua espécie caminham eretos.

TALVEZ SEJA preciso atualizar a afirmação de Descartes, seria mais certo afirmar: “Penso, Logo Inexisto”. Por quê, que pode um ser humano que começa a pensar, ao avaliar os pensamentos avassaladores de seus pais, professores, vizinhos, docentes com PhD em disciplinas acadêmicas??? “Penso, Logo Inexisto”: de que vale meu pensamento existencial em confronto com o pensar de autoridades que se dizem afirmativas da verdade do conhecimento acadêmico???

SIM, PORQUE minha existência seria negada pelos doutos doutores consultores redundantes de livros, ditos sagrados, frequentadores de bibliotecas católicas, islamitas ou judaicas. Meus pensamentos seriam esnobados pelos pastores de templos protestantes de denominações presbiterianas, sacerdotes das demais crenças religiosas vigentes. Meus pensamentos seriam esnobados pelos Ifás e sacerdotisas de Oxum, pelos bispos católicos e rabinos das sinagogas de hambúrgueres.

ELES ESTÃO conservados em latas de conservas chamadas igrejas, templos, mesquitas, sinagogas. Todos esses sacerdotes primam por elogiar a liberdade. Mas, se alguém é livre, eles logo têm mil argumentos discursivos supostamente a defender suas denominações que pouco ou nada têm a dizer sobre a verdade dos Evangelhos de Cristo.

MAMA “LUCY In The Sky With Diamond”, é bem possível que tenha mais a dizer sobre a realidade em que estamos inseridos neste século XXI, do que aqueles que, de alguma forma distorcem os Evangelhos para que caibam nos interesses políticos, financeiros e econômicos de suas denominações religiosas.

INTERESSES PESSOAIS se sobrepõem à verdade dos Evangelhos. Tipo os interesses do imperador romano Constantino. Eles “concederam” liberdade de culto aos cristãos, em 313 depois de Cristo. Os interesses continuados do império romano tiveram, no imperador Teodósio, a confirmação em 391, quando conclamou o paganismo fora da lei e reconheceu o cristianismo por religião oficial do império.

MAMA LUCY, deu origem à espécie mais antiga do gênero humano, o Homo habilis do leste da África, existente aproximadamente entre 2.2 a 1.6 milhões de anos. Como construir uma ponte entre o Homo habilis e o Homo sapiens??? Neste momento convido meus raros leitores a fazer uma viagem no tempo. A máquina que utilizaremos são as ferramentas da própria mente, sob comando da imaginação.

A IMAGINAÇÃO, segundo aquele cientista da relatividade, é mais importante do que o conhecimento. Este, é limitado. A imaginação mentaliza o mundo inteiro, impulsiona seu upgrade e a pessoal e coletiva evolução. Usemos nossa imaginação que nos ensina a pensar com nossos próprios recursos. Do coração e da mente.

USEMOS NOSSA imaginação para conectar as realidades passadas a milhões de anos. Vamos ousar um salto no tempo, da realidade dos descendentes Homo habilis, de Mama Lucy, à realidade de uma mãe, de minha mãe, uma primata do nordeste brasileiro no Brasil do século XX. Vamos nos orientar pelo que afirmava Einstein: “o importante é não parar de questionar, a curiosidade tem sua própria razão de existir”. Ele usou esta frase muitas vezes no passar de sua vida. A busca do conhecimento não deve ser parada por barreiras, por muros, e muito menos por censura.

OS HABILIS existiram da evolução dos australopitecos. O nome se justifica, eles foram os primeiros hominídeos hábeis na manipulação de utensílios. Minha mãe não se diferenciava muito dessa espécie, apesar de dela separada por milhões de anos. Ela, minha mãe, manipulava bem panelas, frigideiras, louças, colheres, talheres, baixelas, roupas e serviços caseiros. Os habilis eram onívoros, mastigavam e engoliam folhas, frutas, grãos e animais sem cozimento, crus. Animais de pântanos, tartarugas, macacos e hienas, eram por Lucy ingeridos. É possível que se alimentasse também de peixes de rios e afluentes, e de frutos do mar.

MINHA MÃE por sua vez, consumia também cereais, laticínios e alimentos, tipo carne assada e cozida. Suas perversões e maldade maternal derivavam de sua falta de educação formal, carência de leituras e discernimento delas. Ela e o marido até podiam ler livros, mas a interpretação deles, das leituras, não era racional, lógica, congruente. O casal lia livros de “tio” Freud para saber usar a existência de complexos, recalques e traumas, causando-os em mim para melhor me subjugar. O sinônimo disso é perversa idade.

A ESTRATÉGIA educacional deles não deu certo comigo, porque em mim existia empatia para com eles, pai e mãe. Empatia com o que, supostamente, eu acreditava que havia de pai e mãe neles. Eu os respeitava. Eu os amava, apesar do massacre educacional, existencial, que me proporcionavam. Ao mesmo tempo eu via com clareza, a finalidade da passionalidade deles, a finalidade da pulsão em direção à satisfação da fonte de seus desejos. A pulsão deles em mim não atingiria a mórbida finalidade de me encabrestar a seus mórbidos objetivos.

EU, CRIANÇA, vulnerável às suas influências, intuía que não há pesar nem maior dor, do que saber que eles podiam, ao invés de fazer valer o espectro de sua dominação, fizessem valer a moral familiar, educacional: ser sinceros e felizes, tanto quanto possível, no lar, fazendo as coisas certas, educando os filhos para uma vida melhor do que a vida que miserável que tiveram. Mas a doença, herança da estupidez dos hominídeos que os antecederam, estava viva neles. Neles que pensavam, com seu pensamento estúpido, que poderiam enganar a força que há na interioridade e na integridade da natureza humana.

HUMANIDADE E integridade, ele, o casal que me pariu, queria abolir em mim, minha integridade e humanidade, ao mesmo tempo em que tentava apossar-se, através do exercício da enganação de minhas necessidades de me educar, com bullying constante e hipnotismo caseiro, tentando a posse de meus neurônios, tentando transferi-los para a mente primata deles, como se isso pudesse ser feito:

A MENTE deles, dominada pelos condicionamentos da herança dos antepassados hominídeos mais distantes, acreditava que poderia substituir-se pela minha. Eram tão soberbamente ignorantes. Exerciam a religião dos hipócritas, faziam suas orações sem fé na moral dos ensinamentos religiosos dos Evangelhos. Imaginavam que podiam enganar a força, o poder e a sabedoria do próprio Criador, Criador que beneficiava as novas gerações com verdades e conhecimentos não existentes nas gerações e na genética passadas.

A PERVERSA intencionalidade deles estava na crença de que podiam apossar-se da vida inteligente, que não era propriedade deles, mas que estaria disponível para eles, porque poderiam, por conjectura, roubá-la de mim. MAMA LUCY, a Australopitecos, neles habitava, em suas almas. No Inconsciente Pessoal mais recôndito de cada um e todos eles.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 24/05/2024
Reeditado em 01/06/2024
Código do texto: T8070417
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