MARCUS ODILON

Francisco de Paula Melo Aguiar

Marcus Odilon, o fundador da incrível república do Povo da Silva, continua sendo o seu "gongo" ,in memoriam, que faz ou desfaz o poder político temporário de Santa Rita que se desenha sem lápis, papel e tinta no imaginário popular de nossa gente carente e abandonada de tudo.

Hoje, "in memoriam" , tem festa na terra e no céu, porque é 26 de abril, data do aniversário do instituidor do "Povo da Silva", apesar da biografia existente no IHGP - Instituto Histórico Geográfico Paraibano, mencionar que ele nasceu em 26 de setembro de 1939, conforme passamos a transcrever: "Marcus Odilon Ribeiro Coutinho – cadeira 08 - Patrono: LOPO CURADO GARRO", exerceu sua função literária como historiador e escritor.

Isso mesmo. segundo o IHGP, "MARCUS ODILON Ribeiro Coutinho nasceu no dia 26 de setembro de 1939, na cidade de Santa Rita, Paraíba, filho de Flaviano Ribeiro Coutinho e Celeste Teixeira Ribeiro Coutinho. É casado com a advogada Ana Lúcia Almeida Ribeiro Coutinho, e tem dois filhos: Flaviano Quinto e Luciana" (Transcremos).

E assim, "fez o curso primário no Instituto Santa Terezinha, dirigido pelas irmãs Maria da Luz e Tércia Lins Bonavides, primas do escritor José Lins do Rego. Preparou-se para os exames de admissão ao Ginásio no Colégio Pio X, iniciando o curso secundário no Colégio Nossa Senhora das Graças, posteriormente transferindo-se para o Colégio Salesiano, do Recife, vindo concluir seu curso no Liceu Paraibano. Em 1964, bacharelou-se em Direito na Universidade Federal da Paraíba".

Ressaltamos que ainda segundo sua biografia no IHGP, "Marcus Odilon nunca exerceu cargos públicos. Seguindo a tradição da família, enveredou na política, elegendo-se prefeito do município de Juarez Távora por duas vezes (1960 e 1968); foi prefeito de Santa Rita em 1976 e 1988, tendo novamente sido eleito para cumprir o mandato de 2004/2008; foi deputado estadual por duas legislaturas".

Em sendo homem de posses, "afora política, Marcus Odilon dedica seu tempo na administração de suas fazendas e à literatura, particularmente à pesquisa histórica, escrevendo seus livros para divulgar as suas idéias, seus pontos de vista, sem preocupação com a crítica nem a opinião pública. Escreve nos diversos jornais da Paraíba e do Pará, onde passou algum tempo cuidando de suas propriedades naquele Estado".

Assim foi até o último dia de sua vida.

Sua produção literária é vasta, escrevia para Deus e o mundo, "são de sua autoria: Poder, Alegria dos Homens, 1965; Santa Rita do Tibiri, 1982; Gatilho e Sangue na Assembléia, 1984; Adalberto Ribeiro, o Senador da Constituinte (plaqueta), 1984; Por um governo Povo da Silva, 1984; Pequeno Dicionário de Fatos e Vultos Históricos da Paraíba, 1985; O Livro proibido do Padre Malagrida, 1986; Camumbembe e seus parentes (org.), 1997; Uma Revolução em Santa Rita, 1999; A Humanidade sem culpa, 1994; Antropofagia, Existiu ou Não, 2000, Água Doce de Ontem, Juarez Távora de Hoje, 2000; Doutor Fonseca, 2000; Camillo de Hollanda, 2ª. ed, 2001; Logradouros da Grande João Pessoa – Personagens e Fatos, co-autoria de Natércia Suassuna Dutra Ribeiro Coutinho, 2001; Filhos de Deus, 2002; Santa Rita de ontem e de sempre, 2004".

E assim "Ingressou no Instituto Histórico no dia 20 de novembro de 1981; recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

É justamente o que depõe as :REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Informações do associado.

Arquivo do IHGP.

GUIMARÃES, Luiz Hugo. História do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Tomo II. João Pessoa, Editora Universitária/UFPB, 2005, 200 p.".

O maior legado deixado por Marcus Odilon foi sua preocupação com o povo humilde e carente de tudo, tanto é assim, que sua administração se imortaliza via cursos de qualificação de mão de obra, creches e escolas para todos, esportes e lazer para todos, calçamento, iluminação pública no campo e na cidade, hortas comunitárias, mesa farta para todos, gabinete da prefeitura de portas abertas, ambulâncias, caps, amparo a melhor idade, restaurante comunitário, postos médicos e odontológicos e distribuição de medicamentos para todos durante todos os dias da semana, distribuição de terrenos para o povo construir suas casas, foi assim que foram fundados e criados os núcleos urbanos e rurais em Santa Rita, a exemplo de Aguiarlandia, Lerolandia, Emanuelandia, Augustolandia, Odilandia, Bebelandia, Cicerolandia, Marcos Moura e André Vidal de Negreiros.

O que falta aqui ser citado, como aumento salarial por Marcus Odilon concedido anualmente e disso o povo sabe, porque contra fato não se tem argumento.

Marcus Odilon, faleceu no dia 24 de fevereiro de 2020, em João Pessoa e estar sepultado no Cemitério São José de Arimatea, em Tibiri II, em Santa Rita, a pedido do mesmo a sua esposa e filho(a), e cuja memória representa o "gongo" da política de Santa Rita, cujo Povo da Silva, nunca lhe fez perder uma eleição à Prefeitura Municipal.

Parabéns in memoriam ao ilustre homem público.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 26/04/2024
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T8049960
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.