Vida do Frei Vital Basso, OFMCap

O nome de Frei Vital era Vital Hermenegildo Basso. Seus pais eram Francisco Basso e Maria Ércole. Nasceu em Almirante Tamandaré/PR (na época, localidade de Campo Magro), aos 26 de novembro de 1919. Recebeu a Primeira Eucaristia em 04/09/1927, também em Campo Magro. Foi crismado por Dom João Francisco Braga.

Ingressou no Seminário Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba, aos 10 anos de idade, em 28 de janeiro de 1930, fazendo parte do primeiro grupo de seminaristas, sendo diretor o Frei Ricardo de Vescovana. Nesta mesma casa religiosa ele iniciou o noviciado em 10/02/1936, com o nome de Frei Vital de Campo Magro. Emitiu a profissão temporária aos 11 de fevereiro de 1937, dia de Nossa Senhora de Lourdes, e teve como celebrante o Visitador Geral, Frei Venceslau de Lúpari.

Emitiu a profissão perpétua aos 14 de maio de 1942, pelas mãos de Frei Irineu de Pádua. Estudou os dois primeiros anos de Filosofia com os capuchinhos do Rio Grande do Sul, em Marau (1937–1938). Em Curitiba, terminou o Curso de Filosofia e fez a Teologia no Convento das Mercês. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos, em 06 de dezembro de 1942, por Dom Ático Eusébio da Rocha, Arcebispo de Curitiba, na Catedral Metropolitana.

Desde o início de seu ministério, adotou o costume de anotar em cadernetas todas as Missas que rezava, da primeira até a última. Assim ficou mais fácil fazer o levantamento dos lugares onde residiu e por quanto tempo.

Frei Vital foi padre nas seguintes localidades: Barra Fria (1942–1943), Santo Antônio da Platina (1944; 1955–1956; 1964; 1976–1978), Assaí (1945), Uraí (1947), Bandeirantes (1948; 1952–1954; 1965–1966; 1978), Curitiba: Mercês (1948; 1968), Capinzal (1949), Siqueira Campos (1956–1958; 1970), Irati: Seminário Santa Maria (1959), Mandaguaçu (1960), Botiatuba (1961–1963; 1969), Umuarama (1969; 1980–1981), São Lourenço do Oeste (1971–1973), Ponta Grossa: Bom Jesus (1974–1975).

Bandeirantes foi o lugar onde mais tempo permaneceu, sendo Pároco por três vezes lá; foi também Pároco em Almirante Tamandaré (1961–63); Membro da Equipe Missionária (1955); lecionou no Seminário São Francisco, em Barra Fria (1944), na Faculdade Católica em Curitiba (1949) e no Seminário Santa Maria (1959).

Amou, de fato, a Ordem e a Igreja. Deu grande apoio material à construção do Seminário Santa Maria, em Irati. Iniciou, continuou e concluiu muitas construções, especialmente igrejas. Jamais reivindicou o privilégio de dizer: “Isto é meu. Esta obra é minha”. Tal desapego e disponibilidade é, sem dúvida, o maior exemplo de pobreza franciscana que Frei Vital Basso deixou. Seus discursos eram muito originais e apreciados. Sempre procurou cultivar seus dotes oratórios. Suas qualidades literárias transparecem nos poucos escritos que nos legou.

No Natal de 1979, sofreu um AVC enquanto visitava a cidade de Bandeirantes. Levado a Ponta Grossa, recuperou-se bastante, mas ficou semiparalítico. Mesmo assim, foi para Umuarama, onde fazia o que suas forças lhe permitiam. Em fevereiro de 1981, recolheu-se em Curitiba para tratamento, e lá foi cuidado pelo Frei Admir Matos de Souza, OFMCap. Faleceu no Convento das Mercês, em Curitiba, aos 18 de março de 1983, na mesma ala antiga, onde 53 anos antes fora recebido como um dos primeiros seminaristas da então Missão do Paraná dos Capuchinhos Vênetos.

Frei Vital Basso contava 63 anos de idade, 46 de Vida Religiosa e 40 de Sacerdócio. Foi sepultado no Cemitério dos Freis, no bairro de Botiatuba (Almirante Tamandaré/PR).

Requiescat in pace!

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Fonte:

Publicado originalmente no site da Conferência dos Capuchinhos do Brasil. Esta versão apresenta alguns acréscimos e modificações.

Rafael Aparecido
Enviado por Rafael Aparecido em 18/03/2024
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