UM TEMPO FORA DO MEU TEMPO

Sem certo ou errado

como este verso eu me descrevo

lutando na vida, vivo

meu estágio de maturidade,

sem medo de velhice

já no meio da estrada

nem em declínio da adversidade

os manotaços da vida me fizeram forte

Não desisto da minha sorte

Não reclamo do destino,escrevo como teatino,pois mesmo com meus cabelos brancos, tenho minha alma de menino.

Cada um semeia à sua maneira

o enredo da sua vida

por estarem perdidos.

Eu nunca semeio na lama sementes cruas

para germinar, germino tudo

do solo fértil ao abrigo das minhas incansáveis mãos,e para o leigo

o tempo disso é testemunha

porque por natureza

quem semeou ervas daninhas

Não espere colher trigo.

Embora eu goste de viver

Não tenho mais medo da morte

quando meu corpo inerte sai

Eu não tenho que sair

Eu sempre vivo eu tenho que continuar

com meus versos por aí

Nos livros que escrevi

nas árvores que plantei

e nos meus filhos e netos talvez ainda

Fique com eles um pouco de mim.

Eu consegui muito pouco

falando materialmente

por usar minha testa limpa

Eu não roubei nada de ninguém

por ter o que ganhei

por esse motivo talvez

encontre na minha simplicidade

talvez algum gesto altivo

como estes versos que escrevo.

Na visão alheia de minha rugas me julgam como um homem sábio

mesmo com a vida já ignorado ou já também já por hora vivido e esquecido,

sei perfeitamente que ninguém é obrigado

se manter em popularidade mas é dever de um homem com os calos que a vida lhe deu

Ser em todo passo e julgamento, Honesto.

Não importa o tamanho de um homem,

por mais que sejam os melhores,

deve-se pensar que combina

sem vaidade e sem orgulho

um verme em seu casulo

que silenciosamente faz suas asas "

Seu eterno menino
Enviado por Seu eterno menino em 05/03/2024
Código do texto: T8013411
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