Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde)

 

 

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Alceu Amoroso Lima nasceu no Rio, em 11 de Dezembro de 1893, filho de Manuel José Amoroso Lima, empresário, neto do Visconde de Amoroso Lima, e foi escritor, filósofo e professor brasileiro. Estudou no Colégio Pedro II, e, em 1913 formou-se em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro. Também no ano de 1919 ele assume a crítica literária em O Jornal, além de ser militante Católico em engajamento junto a Centro Dom Vital, Liga Eleitoral Católica e Ação Católica Brasileira. Teve por mentor e amigo Jackson de Figueiredo, que também era militante Católico, mesmo que laico. Ainda teve a cadeira 40 na Academia Brasileira de Letras, bem como foi catedrático na Faculdade Nacional de Filosofia, e um dos fundadores da Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ministrou ainda cursos de modo internacional sobre a sociedade brasileira, com americanos e na Sorbonne. Viajou a Europa e teve cursos com Bergson e Maritain, entre outros. Na época, era uma luta contra o “comunismo” que não é muito diferente da atual, com lema integralista de Deus, pátria e família, marca de extrema direita no tempo de Alceu, e que voltou mais recentemente. Mas Alceu se mostrou até mesmo em sintonia com a teologia da libertação, de esquerda, e Leonardo Boff. Ainda estava de acordo com o progresso do Concílio Vaticano II. Essa luta contra um macartista comunismo, um tanto fantasioso, mas que era de interesse de religiosos e escritores, a fim de defender a maior religião na época, hoje ainda que seria mais focado em evangélicos esse propósito. Também Amoroso Lima abre uma série de palestras no Ministério da Educação, o que soma o poderio do escritor brasileiro junto à intelectualidade e à filosofia brasileira. Escreveu ainda na revista A Ordem, com texto curioso Os Católicos e a política, respondendo perguntas sobre não se envolver tanto em partidos ou em um engajamento mais direto. Na revista A Ordem também falou da Ação Integralista e de Plínio Salgado, buscando um equilíbrio ao tratar do assunto, levando a não se exaltar o movimento, nem condenar. Com a atualidade, onde as pessoas mais simples falam em Deus, pátria e família, bem como com referências de Olavo de Carvalho ao filósofo brasileiro Alceu Amoroso Lima, este ganha mais destaque e volta a ser parte da literatura prestigiada e de reflexão filosófica. O curioso é a importância dos leigos, que também devem ter destaque, sendo mais acessíveis para a política, do que um padre. Mas ele não se dizia integralista, mas um soldado da Igreja. Mas Alceu Amoroso lima foi mais para o progressismo e contra autoritarismos, como a ditadura militar, o que não seria muito em sintonia com o integralismo e outros movimentos, que algumas vezes se mostraram conspiratórios ou mesmo contra uma certa etnia. Parece que ele defendia mais o Catolicismo, apenas se mostrando interessado em movimentos que estavam de acordo com a Igreja, e se do contrário, estivessem fora dos objetivos deste, ele se afastaria. O integralismo parece ter sido esse caso, mesmo este esperando de Alceu uma atitude mais extrema, o que não ocorreu. Diferente dos “Deus, pátria e família” de hoje, ele combateu a ditadura militar. Faleceu em 14 de agosto de 1983, na cidade de Petrópolis. Foi um dos grandes filósofos brasileiros.