Ariano Suassuna
Ariano Vilar Suassuna foi um renomado escritor, dramaturgo e professor brasileiro, nascido no dia 16 de junho de 1927, na cidade de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa), Paraíba, e falecido no dia 23 de julho de 2014, em Recife, Pernambuco. Ele é conhecido por ser o criador e um dos maiores representantes do Movimento Armorial e por suas obras marcadas pela valorização da cultura nordestina.
Uma das principais características da escrita de Ariano Suassuna é a mistura de elementos populares e eruditos, presente tanto em seus romances quanto em suas peças teatrais. Suas obras são conhecidas por seu estilo regionalista e por abordarem temas como o Nordeste, a religiosidade, o folclore e a luta entre o bem e o mal.
Suas principais obras são:
1. Auto da Compadecida (1955): Considerada sua obra mais famosa, uma peça teatral que retrata de forma cômica a vida do povo nordestino. A história gira em torno de João Grilo e Chicó, dois personagens que se envolvem em diversas aventuras e enfrentam situações inusitadas. A obra aborda temas como a religiosidade do povo nordestino e sua relação com o sagrado e o profano;
2. O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971): Romance épico, no qual Ariano Suassuna utiliza elementos históricos e culturais para criar uma narrativa que envolve a história de Dom Pedro Dinis Ferreira e sua luta contra opressores governantes. A obra mistura realidade e ficção, resgatando elementos do cordel e do teatro popular nordestino;
3. O Santo e a Porca (1957): Comédia teatral que retrata a história de Euricão Árabe, um homem avarento que tem o hábito de guardar todas as suas economias em uma porca de madeira. A trama se desenvolve quando a filha de Euricão se envolve com um pretendente que não tem dinheiro para se casar. A peça trata de temas como ganância, hipocrisia e amor.
Ariano deixou um legado significativo para a literatura brasileira, destacando-se por sua contribuição na valorização da cultura nordestina e na quebra de estereótipos sobre a região. Sua escrita única, que mescla o popular com o erudito, continua a encantar leitores até os dias de hoje.